A restauração do piso da Basílica do Santo Sepulcro
Lurdinha Nunes - Jerusalém
O primeiros resultados já haviam sido apresentado aos líderes das comunidades cristãs, que visitaram o local no dia 16 de junho. Na ocasião estavam presentes o Patriarca grego-ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, o representante do Patriarcado Armênio, Sevan Gharibian, Fr. Dobromir Jasztal, responsável pelo projeto - que é confiado à Custódia da Terra Santa - e Fr. Salvador Flores, presidente da comunidade franciscana do Santo Sepulcro.
As investigações arqueológicas são conduzidas sob a direção da Professora Francesca Romana Stasolla, auxiliada pelos Professores Giorgia Maria Annoscia e Massimiliano David.
Divididas em áreas, escavações permitem liturgias diárias e visita dos peregrinos
De acordo com o projeto de restauração do piso, a escavação prossegue por áreas sucessivas, de modo a permitir o desenvolvimento regular das liturgias e o fluxo dos peregrinos. Desde maio de 2022, as investigações arqueológicas estão envolvendo parte da nave norte da basílica, conhecida como "Arcos da Virgem" e a parte noroeste.
Na área da nave norte foi identificada uma sequência estratigráfica muito interessante que permitiu retraçar os túneis escavadas pelo padre Virgilio Corbo na década de 1960, mas que também permitiu a aquisição de dados inteiramente novos. As mais interessantes são as que dizem respeito aos canteiros da época de Constantino, referentes à construção do complexo religioso implantado numa área de pedreira.
Entre os muitos materiais encontrados, destaca-se a presença de mosaicos relativos à decoração de pisos.
Na porção centro-norte da área, próximo à edícula do Santo Sepulcro, foi encontrado um túnel, parcialmente já destacado em pesquisas anteriores, que desce verticalmente junto à edícula por uma profundidade de 2,80cm . Sua conexão com todo o sistema de escoamento de água constitui um aspecto importante no estudo dos aspectos arquitetônicos que estão sendo analisados no projeto.
Após a visita às duas áreas, os representantes das Comunidades dirigiram-se para uma sala onde puderam conversar com os arqueólogos e ter mais informações sobre o método de trabalho. Tiveram um encontro tmbém com a restauradora Daniela Russo, coordenadora da equipa do Centro de Conservação e Restauração " La Venaria Reale ”, que os atualizou sobre o andamento dos trabalhos de restauração no piso.
Os dados processados durante a escavação são inseridos em um banco de dados previamente criado para o projeto e vinculado às diferentes fontes históricas e de arquivo, também graças ao suporte remoto em Roma.
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