Desequilibrado vandaliza igreja em Bornéu: "Perdoemos e rezemos por este nosso irmão”, pede bispo

Um homem cometeu atos de vandalismo na Igreja católica de São Francisco Xavier, em Keningau, Bornéu, na Malásia, no último dia 7 de julho, após a Missa matutina. O vândalo entrou na igreja e destruiu várias estátuas e crucifixos, segundo uma nota da Diocese de Keningau.

A presidente do conselho paroquial, Nancy Nelly Joneh, informa tratar-se de um homem de 34 anos, com indícios de instabilidade mental. Sua mãe, segundo a nota, foi à igreja para informar sobre os atos do filho. A polícia o prendeu e está estudando o caso, avaliando as acusações de ofensa à religião, segundo o Código Penal.

Os paroquianos estão tristes e chocados por este de vandalismo mas, ao mesmo tempo, querem fazer as devidas reparações nos crucifixos e estátuas e seguir em frente.

O bispo de Keningau, Dom Cornelius Piong, disse que a polícia está investigando o caso: “Em relação a este acontecimento, aguardamos mais informações. No entanto, dadas as circunstâncias, a igreja não vai fazer denúncia: devemos perdoar esta pessoa que, com seu gesto, não estava em seu perfeito estado de sanidade mental. Perdoemos e rezemos por este nosso irmão”.

Por outro lado, disse ainda Dom Cornelius, “a igreja não vai pedir indenização à família, pois apreciou muito a honestidade da mãe do vândalo”. E acrescentou: "Este episódio desagradável oferece-nos a oportunidade de assumirmos uma atitude de compaixão. Como Igreja, em caminho sinodal, devemos caminhar juntos em comunidade, zelo e espírito de responsabilidade na nossa missão de anunciar o Evangelho".

A Diocese de Keningau está localizada ao norte da Ilha de Bornéu, no Estado malasiano de Sabah. A região é a mais antiga e maior do interior de Sabah, com 43 distritos e 245 povoados.

Cerca de 90% da população de Keningau pertence às etnias Dusuns e Muruts, além de chineses e indígenas. Os católicos são cerca de 140 mil em uma população de 486 mil habitantes.

O islamismo é a religião oficial da Malásia, mas a Constituição garante a liberdade de culto a outras religiões presentes, como o cristianismo, budismo, taoísmo, hinduísmo e animismo.

*Com Agência Fides