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59ª Assembleia Geral da CNBB 59ª Assembleia Geral da CNBB 

59ª Assembleia Geral da CNBB: o convite aos jovens brasileiros para a JMJ de Lisboa

Bispos discutem e votam em documentos importantes para a Igreja no Brasil. Dom Peruzzo e as alterações feitas ao texto de Estudos 114 da CNBB, sobre a animação bíblica da Pastoral. Dom Américo e o convite para a JMJ Lisboa.

Silvonei José – Aparecida – Vatican News

Continuam nesta quarta-feira os trabalhos da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Aparecida.  Muitos temas em discussão, entre os quais a atualização do Estatuto da CNBB, que é o termo que firma as regras da instituição.

No início deste ano, em abril, foi realizada a quarta etapa da atualização, de forma on-line, em que foi apresentada a proposta estatutária aos bispos no Conselho Permanente. Ontem, dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, iniciou o momento lembrando a importância da atualização do Estatuto e como deu-se início ao trabalho.

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“Estamos em uma fase muito decisiva e muito importante. Quero lembrar que esse trabalho de reforma e atualização do Estatuto Canônico da CNBB teve início pelo menos em 2015, depois de se ouvir clamores e indicações por parte de irmãos bispos nas assembleias quanto à importância dessa atualização. E de lá iniciou-se todo um caminho de trabalho”, disse.

Assembleia Geral da CNBB

Ainda ontem, terça-feira, 30 de agosto, os bispos brasileiros realizaram o primeiro bloco de votações de documentos relevantes para a Igreja Católica nacional.

Durante o período da manhã discutiram sobre temas como:

Estatuto da CNBB, em que foram avaliadas as alterações e revisões propostas pela Comissão de Redação do Estatuto;

Estudo 144 da Conferência, que consiste na Animação Bíblica da Pastoral por meio das Comunidades Eclesiais Missionárias e que pode vir a ser um documento oficial da CNBB, se aprovado;

Subsídio preparado pela Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, que trata sobre os critérios e encaminhamentos práticos para a instituição do Ministério de Catequista;

Demais temas, como a continuação da votação da tradução do Missal Romano, informes referentes ao Congresso Eucarístico Nacional e a apreciação e votação de uma nova identidade visual para a CNBB.

Na Coletiva de Imprensa, que se realiza sempre às 15h, na sala de imprensa do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida ontem foram tratados dois temas: o Estudo 114 da CNBB, apresentado pelo arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo e o bispo de Garanhuns, Dom Paulo Jackson, e a Jornada Mundial da Juventude 2023 (JMJ), abordada por Dom Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023.

Nós conversamos com Dom Américo sobre a sua presença em Aparecida…

O Estatuto

Após três anos de trabalhos de escuta, baseados nas premissas da sinodalidade, a atualização do Estatuto da CNBB está sendo votada na 59ª Assembleia Geral da CNBB. O processo de sistematização, nestas fases finais, está sendo conduzido por uma Comissão de Redação, formada pelo arcebispo de Ribeirão Preto (SP), dom Moacir Silva, que preside os trabalhos; pelo bispo auxiliar de Brasília (DF), dom José Aparecido Gonçalves de Almeida; e pelos padres Ewerton Fernandes Moraes, Tarcísio Pedro Vieira, Alberto Montealegre e Valdir Manoel dos Santos, apresentou ao episcopado brasileiro, reunido em Aparecida (SP), para o terceiro dia de assembléia, os passos que levaram ao texto atual, bem como as sugestões de todo o povo de Deus e da Santa Sé que foram incorporadas.

Para o arcebispo de Ribeirão Preto (SP), dom Moacir Silva, o texto atual é resultado de uma escuta participativa e de grande consulta e contribuições, que foram aprovadas pela Assembleia Geral e revisadas pela Santa Sé, que sugeriu algumas sugestões que foram incorporadas.

O bispo auxiliar de Brasília (DF), dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, informou que uma das alterações importantes do Estatuto trata de esclarecer a tipologia, o papel e a relação dos Organismos com a CNBB. A proposta é criar uma classificação com três tipos de organismos, que distingue cada tipo de instituição com normas específicas de acordo com sua relação com a CNBB.

A ideia da renovação do estatuto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como tem sido destacado desde o início, é que o documento reflita o rosto da Igreja no Brasil e favoreça uma atualização de entendimento da estrutura e do funcionamento para os dias de hoje, contemplando os critérios da sinodalidade e da missão e os eixos de formação integral, comunicação e diálogo estratégico com a sociedade. Todo o processo de atualização do Estatuto da CNBB está sendo acompanhado pelo Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), organismo de assessoria teológico-pastoral da CNBB.

A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB apresentou, na manhã desta terça-feira, 30 de agosto, as alterações feitas ao texto de Estudos 114 da CNBB, sobre a animação bíblica da Pastoral. Tais modificações foram realizadas a partir das sugestões dos bispos enviadas antes da etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB.

Entre as alterações realizadas, foram contempladas questões sobre sinodalidade, a idolatria e o fundamentalismo, a inserção de item sobre a Palavra de Deus e os círculos bíblicos e também sobre a Palavra de Deus e os pobres. Foi adicionado também um item sobre a animação bíblica em nível regional.

No início da apresentação, o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, dom José Antônio Peruzzo, afirmou que o texto é “fruto de um longo trabalho” e recordou a trajetória para a que a CNBB chegasse até a votação do estudo como documento da Conferência.

Nós conversamos com dom Peruzzo…

“Querido Papa Francisco, nós, bispos, manifestamos-lhe proximidade fraterna e apoio no exercício do seu ministério petrino, serviço exigente e indispensável à unidade e comunhão da Igreja Católica”: é o que escrevem os bispos brasileiros reunidos na 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida numa carta enviada nesta terça-feira (30/08) ao Papa Francisco.

Os bispos recordam no texto que a “Assembleia realiza-se no contexto da celebração dos 70 anos da CNBB e dos 15 anos da Conferência de Aparecida.

Uma recordação ainda os 200 anos de Independência do Brasil (1822 – 2022). Neste contexto, a sociedade brasileira se encaminha para a eleição dos seus representantes legislativos e executivos, em âmbito nacional e estadual. “Contudo, - evidenciam os bispos - observamos que os contextos da comemoração histórica e do exercício democrático de direito desenvolvem-se sob clima de tensão entre os Poderes da República”.

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30 agosto 2022, 18:58