Dom Paulo Cezar: “sempre busquei ser um servidor do Povo de Deus"
Silvonei José – Vatican News
Momentos que antecedem o Consistório neste sábado, dia 27, com que sentimento o senhor chega a Roma para participar desse evento?
Sentimento de gratidão sentimento de gratidão por aquilo que o Papa Francisco está fazendo, seja pela Igreja do Brasil, pela Igreja de Brasília, e ao mesmo tempo sentimento do amor misericordioso de Deus para comigo. É um amor misericordioso de Deus que vai construindo história na nossa vida. Hoje cedo passei lá pela igreja de Santa Mônica e me lembrei de quando Santa Mônica rezou por Santo Agostinho, quanto o joelho daquela mãe fez o filho Santo, e pedir a Deus a graça de que a minha doação, através do meu desgastar a vida pela Igreja servindo o Santo Padre. Que a Igreja possa ser um pouco mais bonita, mais evangelizadora, mais missionária.
Então, é um sentimento de gratidão mas ao mesmo tempo um sentimento profundo do amor misericordioso de Deus para comigo.
P. O senhor se torna um colaborador mais estreito do Papa Francisco, o que significa isso?
Significa a confiança do Papa, mas significa também responsabilidade de buscar, levar adiante aquilo que o Papa Francisco pensa para a Igreja, o que o Papa Francisco quer para a Igreja. Papa Francisco quer uma Igreja próxima, evangelizadora, uma Igreja missionária.
Eu acho que o cardeal é um homem que na sua fidelidade a Jesus Cristo e no seu serviço ao Papa ele deve buscar levar adiante aquilo que o Espírito vem buscando criar e fazer na Igreja, nesse momento, através da doação do Papa Francisco e através do ministério dele.
Eu quero ser um colaborador fiel dele nessa missão bonita nesses tempos desafiadores, buscando ajudá-lo naquilo que o Espírito tem suscitado como caminho para nossa Igreja.
P. Francisco tem um grande amor pela nossa Igreja no Brasil, porque nos brinda com a criação de dois cardeais, o senhor e também dom Leonardo.
Papa Francisco, se percebermos bem a Igreja do Brasil está logo no início do ministério dele. Foi a primeira grande de visita que o Papa Francisco fez fora daqui da Itália, a grande primeira visita internacional foi ao Brasil. O Papa Francisco, sentiu a força do seu ministério, seu contato com o povo, seu contato com as pessoas. Ele sentiu a força do ministério petrino. Mas para o Brasil de certa forma está no coração dele como também a Igreja do mundo inteiro. O Papa Francisco acho que percebeu ali, ali foi o encontro nosso, meu com ele, de outros também. De dom Leonardo, que naquele tempo era o secretário-geral da Conferência dos Bispos do Brasil. Foi o primeiro grande encontro nosso come ele. O Papa Francisco percebeu a vivacidade da nossa Igreja, percebeu a força da Igreja do Brasil. Eu acho que quis também assim brindar a Igreja do Brasil da Amazônia, do centro-oeste, Brasília, com 2 cardeais, dois servidores para o povo de Deus.
Que que muda na vida de Dom Paulo com esse cardinalato?
Para dizer bem a verdade eu sempre busquei ser um servidor do Povo de Deus. É quero continuar servindo, quero continuar desgastando a minha vida com alegria. Eu acho que muda mais o olhar dos outros do que a minha vida, do que a minha forma de se relacionar com o povo e se relacionar com as pessoas. Eu sempre tive essa consciência de que o nosso ministério é ser servidor do povo de Deus. Eu quando ainda era estudante, eu fiz a minha... naquele tempo a gente chamava de Síntese de Teologia e trabalhei a questão da Kenosis, quer dizer do esvaziamento de Cristo e falava de uma Igreja pobre e servidora. Eu sempre tive essa consciência muito clara de que, qualquer coisa dentro da Igreja, qualquer Ministério dentro da Igreja é ser servidor. Servidor de Jesus Cristo olhando para Cristo servo, servidor do Povo de Deus.
Acho que o Cardeal é um homem... se o meu ministério já era a busca de servir, o cardeal antes de tudo é o homem que veste vermelho, que lembra o sangue de Cristo. Relembrando ação extrema de Cristo.
O cardeal tem que ser um homem que desgasta sua vida servindo ao povo de Deus, servindo o Papa buscando doar a sua vida como Jesus Cristo. Buscando verdadeiramente desgastar a sua vida por amor, por amor a Jesus Cristo, por amor o ao nosso amado povo, por amor ao Santo Padre que é aquele a quem o senhor confiou a guia da sua Igreja nesse momento.
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