Apelo do bispo de Yei pelos refugiados sul-sudaneses em Uganda
O bispo de Yei, no Sudão do Sul, Dom Alex Lodiong, fez um forte apelo às autoridades de Kampala e Organizações internacionais para que defendam os refugiados sul-sudaneses em Uganda de interferências ilegais: “A comunidade internacional, representada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), deve levar em conta os políticos que vão aos campos enganar os refugiados”.
Dom Alex Lodiong refere-se, de modo particular, às visitas de alguns políticos do Sudão do Sul aos campos de refugiados para semear discórdia e recrutar combatentes: "Gostaria de chamar a atenção do gabinete do primeiro-ministro, encarregado pelo governo de Uganda, para cuidar dos refugiados e da comunidade internacional, representada pelo UNCHR que, se souber de algum político, ou alguém que esteja levando armas a estes campos, deveria ser levado para a cadeia. Não queremos que pessoas armadas vão aos campos confundir nosso povo refugiado”.
O prelado lamentou que alguns líderes da oposição, que fugiram para o exterior, tenham sido assassinados por rivais, que seguiram seus passos. Por isso, pediu ao governo de Uganda para não colaborar com o governo do Sudão do Sul detendo líderes da oposição, que buscam refúgio em seu país: “Alguns dissidentes também foram perseguidos nas cidades, presos e assassinados. Esperemos que não tenha contado com a colaboração do governo de Uganda, permitindo que essas pessoas sejam presas e tratadas desta maneira. Esperemos que não, porque essas pessoas foram para Uganda em busca de salvação”.
Dom Alex Lodiong lançou fez seu apelo durante a visita pastoral ao assentamento de refugiados de Palorinya, em Arua, criado em dezembro de 2016, no distrito de Moyo, na região do Nilo Ocidental de Uganda. Atualmente, o assentamento acolhe quase 166 mil refugiados do Sudão do Sul, um país que tem uma área de mais de 37 quilômetros quadrados, mas que, no momento, está fechado para a chegada de novos refugiados.
*Com Agência Fides
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