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Foto de satélite de 19 de julho de 2021 da "Grand Ethiopian Renaissance Dam", em Guba, Etiópia. Foto de satélite de 19 de julho de 2021 da "Grand Ethiopian Renaissance Dam", em Guba, Etiópia. 

Barragem do Renascimento: Igrejas apoiam soluções que sejam vantajosas para Egito e Etiópia

Há anos a construção da barragem vem causando protestos no Sudão e no Egito, que terão uma redução do fluxo de água em seus territórios para uso energético, agrícola e industrial. A barragem representa a maior estrutura de produção de energia hidrelétrica de todo o continente africano. O projeto, confiado à construtora italiana Salini, teve início em 2011. O enchimento da bacia permite a produção de 6.000 megawatts de eletricidade.

A Igreja Copta e a Igreja Ortodoxa da Etiópia continuam a colocar os seus laços de comunhão eclesial ao serviço das negociações políticas entre o Egito e a Etiópia sobre a controversa "Represa do Renascimento", conhecida internacionalmente como GERD (Grand Ethiopian Renaissance Dam).

Nos últimos dias, o Patriarca copta-ortodoxo recebeu uma delegação da Igreja Ortodoxa da Etiópia no Cairo, expressando naquela ocasião a esperança de que as negociações possam atender às necessidades legítimas de todos os países atravessados ​​pelo Nilo de maneira justa e consensual. Naquela ocasião, Tawadros recordou os estreitos laços históricos, culturais e até espirituais que unem Egito e Etiópia, laços que de alguma forma representados objetivamente pela dependência comum dos dois países das águas do rio mais longo do mundo.

 

A delegação da Igreja Ortodoxa da Etiópia, composta por Abuna Yusef, arcebispo metropolita de Bale, e alguns superiores de mosteiros, está fazendo uma peregrinação juntamente com um grupo de diáconos, monges e monjas por lugares e monumentos caros à memória cristã e ligados a espiritualidade copta. Anba Yusef, durante o encontro, convidou o Patriarca Tawadros a visitar novamente a Etiópia.

Segundo o governo do Cairo, a Grande Represa do renascimento etíope, construída por Adis Abeba no Nilo, representa uma "questão vital" para o Egito e seu povo. Por meio das negociações, o objetivo é chegar a um acordo jurídico vinculante que permita à Etiópia desenvolver e, ao mesmo tempo, preservar os direitos do Egito.

A barragem representa a maior estrutura de produção de energia hidrelétrica de todo o continente africano. O projeto, confiado à construtora italiana Salini, teve início em 2011. O enchimento da bacia permite a produção de 6.000 megawatts de eletricidade.

A escolha de Adis Abeba alimentou desde o início tensões com o Egito e também com o Sudão, países que receiam ter de enfrentar uma diminuição drástica na oferta de recursos hídricos essenciais à vida e economia das respectivas populações.

A Igreja Ortodoxa da Etiópia foi legalmente vinculada ao Patriarcado Copta de Alexandria no Egito até 1959, quando foi reconhecida como uma Igreja autocéfala pelo Patriarca Copta Cirilo VI.

*Com Agência Fides

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06 setembro 2022, 14:06