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Igreja de São Francisco isolada em Owo, Nigéria, após ataques em 6 de junho que mataram 50 fiéis Igreja de São Francisco isolada em Owo, Nigéria, após ataques em 6 de junho que mataram 50 fiéis 

Mesmo com a violência contra sacerdotes, o mal não prevalecerá, diz bispo nigeriano

As perseguições, diz Dom Peter Nworie Chukwu, “mostram o que os sacerdotes representam e o que pregamos fere na consciência daqueles que nos atacam, e ao invés de se arrependerem, preferem reagir matando, sequestrando, torturando e destruindo nossas igrejas”.

"Perdemos a confiança na capacidade do atual governo de restaurar a segurança", afirmou Dom Peter Nworie Chukwu, bispo de Abakaliki (capital do Estado de Ebonyi, no sudeste da Nigéria), dirigindo-se a jornalistas em Abakaliki, na inauguração da Catholic Media Practitioners Association (CAMPAN).

O prelado acrescentou que os nigerianos estão desapontados com o governo federal por sua incapacidade de combater a criminalidade no país. Referindo-se à praga de sequestros e assassinatos que não poupa nem mesmo sacerdotes, Dom Chukwu disse estar “muito preocupado que os padres tenham se tornado alvos de sequestradores e assassinos. Às vezes, eles sequestram e acabam matando”.

E acrescenta: “Perdemos tantos sacerdotes no norte, no cinturão médio e também no sudeste e é preocupante, mas não estou surpreso, porque sacerdotes e profetas sempre foram vítimas de perseguição na história da Igreja”.

As perseguições, “mostram o que os sacerdotes representam e o que pregamos fere na consciência daqueles que nos atacam, e ao invés de se arrependerem, preferem reagir matando, sequestrando, torturando e destruindo nossas igrejas”.

“Mas sou confortado pela declaração de Cristo em Mateus 16,18 de que nenhuma porta do inferno jamais prevalecerá contra a Igreja. A Igreja sai forte quando é empurrada contra a parede”, disse Dom Chukwu.

O bispo pediu aos repórteres que os candidatos das eleições gerais de 2023 apresentem seus programas para permitir que os nigerianos selecionem e elejam líderes credíveis.

"Rezamos para que as eleições sejam pacíficas, livres e justas e que levem ao poder líderes capazes de resolver os problemas deste país que, se não resolvidos, colocam em risco a existência da Nigéria como nação unida", concluiu.

*Com Agência Fides

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06 setembro 2022, 13:40