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Uma idosa observa enquanto espera a distribuição de comida quente organizada pelo Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR), em Mariupol, leste da Ucrânia, em 25 de setembro de 2022. Uma idosa observa enquanto espera a distribuição de comida quente organizada pelo Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR), em Mariupol, leste da Ucrânia, em 25 de setembro de 2022. 

Ucrânia: pseudo-referendos zombam da democracia e violam direito internacional

O Conselho Pan-ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas exorta todos os países do mundo a não reconhecer os pseudo-referendos realizados pelas autoridades russas de ocupação nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia.

Vatican News

A propósito dos pseudo-referendos sobre a adesão à Federação Russa anunciados pelas autoridades de ocupação em algumas regiões ucranianas, o Conselho Pan-ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas lançou uma nota na qual reitera que "a soberania da Ucrânia estende-se a todo o seu território", "íntegro e inviolável dentro das fronteiras existentes, internacionalmente reconhecidos e constitucionalmente estabelecidos".

Ademais, é ressaltado que a guerra em larga escala desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia, "contrária ao direito internacional, visa apreender parte do território da Ucrânia e destruir o Estado ucraniano."

O comunicado destaca ainda que a "realização dos pseudo-referendos nos territórios temporariamente ocupados das regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson sob os canos de metralhadoras, nas condições de ocupação militar, na ausência de liberdade pessoal e respeito pela dignidade da vida humana e do apelo a ela como algo evidentemente real, é a zombaria da democracia e a discricionariedade das instituições legítimas do Estado que operam com base no direito internacional, uma vez que a manifestação efetiva da vontade ou qualquer outro voto em situação do gênero é impedido."

Essas ações arbitrárias do ocupante "são uma tentativa ilegal e violenta de anexar parte do território da Ucrânia, exatamente como aconteceu em 2014 com relação à península da Crimeia: uma violação arbitrária das normas jurídicas internacionais, bem como dos acordos de compromissos do Federação Russa para a Ucrânia".

Em vista dessa situação, o Conselho Pan-ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas exorta todos os países do mundo a não reconhecer os pseudo-referendos realizados pelas autoridades russas de ocupação nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia.

Aos cidadãos ucranianos que vivem nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia, é pedido que "não participem de pseudo-referendos e estejam cientes de sua responsabilidade para com Deus, para com sua consciência, para com as gerações anteriores, atuais e futuras, bem como para com o povo ucraniano".

Já a exortação às autoridades da Federação Russa, é para que "abandonem o plano criminoso de anexação que viola não só as leis humanas de convivência entre os povos, mas também as prescrições relativas das Sagradas Escrituras cristãs, islâmicas e judaicas."

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27 setembro 2022, 13:31