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Dia de oração oragnizado pela Legião de Maria na Igreja São Miguel, em Kibera, distrito de Nairóbi, Quência. Dia de oração oragnizado pela Legião de Maria na Igreja São Miguel, em Kibera, distrito de Nairóbi, Quência. 

Cresce número de católicos e agentes pastorais na África

O continente africano expressa assim a vitalidade da Igreja em contextos que parecem estar em pleno contraste com o florescimento das palavras do Evangelho guerras, emigração, fome, corrupção, tráfico humano, terrorismo, sequestros, violência.

Segundo as "Estatísticas da Igreja Católica", que a Agência Fides publica anualmente, por ocasião do Dia Mundial das Missões, elaborando os dados do “Anuário Estatístico da Igreja”, a África é o continente que registra o maior número de mudanças positivas, em relação ao ano anterior e aos demais continentes.

Na África, houve um aumento de 5.290.000 no número de católicos, chegando a quase 257 milhões. Os sacerdotes diocesanos e religiosos aumentaram em mais de mil, atingindo um total de 50.465. Também os religiosos não sacerdotes aumentaram em mais de 100 membros, perfazendo um total de 9.188 e as religiosas de 2.503 chegando a 79.557 mil.

Também foi registrado um incremento no número de membros de institutos seculares femininos atingindo, que chegou a 1.262; os missionários leigos chegaram a 8.561 e os catequistas 453.985.

O número dos seminaristas diocesanos e religiosos também está em aumento: os seminaristas maiores são 33.628 e os menores 52.411. No entanto, no continente africano houve uma pequena flexão no número de bispos, diáconos permanentes e membros de institutos religiosos masculinos.

No entanto, a tendência africana não é nova, pois se mantém estável há alguns anos, embora com variações que não alteram substancialmente o quadro da situação. Um continente de primeira evangelização, ainda confiado à solicitude do Dicastério Missionário e ao apoio das Pontifícias Obras Missionárias, expressa assim a vitalidade da Igreja em contextos que parecem estar em pleno contraste com o florescimento das palavras do Evangelho  guerras, emigração, fome, corrupção, tráfico humano, terrorismo, sequestros, violência...

Segundo a lógica humana, tais situações podem levar, sobretudo os jovens, a endurecer seus corações e a responder com a força e a violência, para garantir, a todo custo, o domínio sobre os outros. Entretanto, outros fatores mais convincentes prevalecem na vida de muitos jovens: a fé, esperança e caridade vividas na vida de cada dia, no âmbito familiar e comunitário, levam seus corações a uma maior alegria e gratuidade.

O padre Guy Bognon, natural de Benin, secretário geral da Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo, explica à Fides que “a maioria dos jovens que entram para o Seminário provém, muitas vezes, de famílias rurais, modestas, simples e humilde. Alguns, que vivem na pobreza, são mais sensíveis aos sofrimentos dos sem voz, indigentes, enfermos, abandonados e humilhados. Por isso, sentem-se chamados a consagrar sua vida ao serviço das pessoas. Ao passar por tais situações, esses jovens adquirem uma maior capacidade de silêncio, reflexão, cultura pessoal, vida espiritual e religiosa; eles são mais predispostos a ouvir o discreto e delicado chamado de Deus, que lhes pede dedicação e disponibilidade”.

No contexto eclesial africano, porém, não faltam luzes e sombras, situações difíceis ou contrastantes; não faltam também comunidades cristãs, que diante de tais desafios, respondem com fé, fervor, alegria, sem complexos e vergonha. Neste contexto, o padre Guy Bognon destaca que “essas comunidades acreditam na Igreja Católica e em seus ensinamentos; rejeitam, com facilidade e sem escrúpulos, as dificuldades, durezas ou coisas ultrapassadas”.

“Neste contexto, - concluiu o sacerdote do Benin - os agentes pastorais, sacerdotes, religiosos e religiosas mantêm um contínuo diálogo com os jovens, fazendo crescer neles, mediante o testemunho de vida, a ideia de que a experiência na Igreja não limita a sua liberdade, mas a enriquece e ajuda em plenitude. Os jovens são o presente e o futuro da Igreja, não só na África”.

*Com Agência Fides

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23 outubro 2022, 07:13