Busca

Cruz - fé Cruz - fé 

Beato Mariano da Mata Aparício

Padre Mariano, missionário agostiniano espanhol em terras brasileiras, foi assistente nas “Oficinas da Caridade de Santa Rita”, em São Paulo, onde seus membros viviam uma vida de profunda espiritualidade, enquanto confeccionavam roupas para os pobres.

Vatican News

Festa litúrgica:  5 de Novembro - Mariano da Mata Aparício

Mariano nasceu no dia 31 de dezembro de 1905, em Palência, Espanha, no seio de uma família profundamente cristã. Seus pais, Manuel e Martina, educaram seus oito filhos, dando-lhes uma autêntica formação, mediante a palavra e o testemunho, a fé e o amor cristãos. Seguindo o exemplo dos seus três irmãos, o jovem Mariano seguiu a vocação sacerdotal e religiosa, na Ordem dos Agostinianos.

Com efeito, em 29 de agosto de 1921, aos 16 anos de idade, Mariano entrou para o Seminário de Valladolid. Após ter superado, com serenidade de espírito, o período de formação, em Valladolid, fez sua primeira Profissão religiosa, no dia 10 de julho de 1922, e, quatro anos depois, também a Profissão solene, com a qual se entregava de corpo e alma à Ordem Agostiniana.

Em 25 de julho de 1930, Mariano foi ordenado sacerdote. Desta forma, estava pronto para iniciar seu ministério e enfrentar os grandes desafios da vida religiosa. Assim, em 21 de agosto de 1931, deixou a Espanha e partiu para o Brasil como missionário Agostiniano, onde permaneceu por mais de 50 anos.

Missão em terras brasileiras

Ao chegar ao Brasil, Padre Mariano foi designado como coadjutor na paróquia da freguesia de Taquaritinga, Mas, em 1933, foi transferido para o Colégio de Santo Agostinho, em São Paulo, onde foi professor, secretário e ecônomo. Em 1945, foi Superior da vice-província Agostiniana, vivendo no Colégio de Santo Agostinho, em São Paulo, onde permaneceu até o fim da sua vida.

A natureza brasileira atraía o jovem sacerdote, tanto que se dedicava ao cultivo e cuidado das plantas e das flores, com as quais conversava e se emocionava, como exaltação da beleza da criação. Esta sensibilidade pela natureza começou a adquirir uma dimensão maior quando se tratava de famílias, amigos, ex-alunos, sofredores e mais necessitados. De fato, os grandes amores do Padre Mariano eram: a Eucaristia, Nossa Senhora, as crianças, os pobres, os enfermos; e, suas paixões: a natureza, a família, as Oficinas de Santa Rita de Cássia, as vocações agostinianas.

O bom samaritano

Padre Mariano tinha um caráter firme, mas era generoso, espontâneo, desapegado e sensível diante da dor; samaritano e autêntico servidor dos que sofriam; como verdadeiro mensageiro da caridade, levou palavras de conforto e esperança aos enfermos; o amor e a caridade eram sua força.

O sacerdote gostava de repetir: "A morte não espera" e “a solidão só aumenta o sofrimento”. Por isso, sem se preocupar com o horário, o “apóstolo da caridade” saía pela cidade de São Paulo, com seu "fusca", sem temer os riscos e desafios, para levar um raio de esperança aos doentes e indigentes; prestava serviço também como diretor espiritual dos membros das inúmeras Oficinas de Caridade de Santa Rita de Cássia, que confeccionavam roupas para os pobres. Nunca poupava esforços para atender os enfermos e confortar seus familiares. Ao levar a Comunhão e os Sacramentos aos necessitados, já gozava da fama de Santo.

Morte e Beatificação

No início de 1983, Padre Mariano foi acometido por um câncer e submetido a uma cirurgia para remover o tumor maligno do pâncreas, mas inutilmente.

Como Cristo, Padre Mariano da Mata Aparício foi um cordeiro levado ao matadouro para ser imolado, sem nunca se queixar e murmurar. Assim, crucificado no seu leito de morte, faleceu no dia 5 de abril de 1983. Seus restos mortais descansam na igreja de Santo Agostinho, na Arquidiocese de São Paulo, onde viveu e trabalhou até à sua morte.

A Causa de Beatificação de Mariano da Mata Aparício teve início em 1996. Em 20 de dezembro de 2004, o Papa João Paulo II, reconheceu suas virtudes heroicas e, dia 5 de novembro de 2006, foi beatificado na Catedral da Sé, em São Paulo, pelo Cardeal José Saraiva Martins, então Prefeito da Congregação das Causas dos Santos.

Milagre por intercessão do Padre Mariano

O milagre atribuído ao Padre Mariano aconteceu em abril de 1996, em Barra Bonita, São Paulo: o menino, João Paulo Palotto, de 6 anos de idade, foi atropelado por um caminhão, que lhe causou um traumatismo encefálico grave, hemiplegia e olho esquerdo exposto, além de uma hemorragia e parada respiratória. Por isso, Padre Luís Miguel pediu aos fiéis para rezar pela saúde do menino, que peregrinava por vários hospitais. Em maio do mesmo ano, João Paulo Palotto recuperou-se totalmente, graças à intercessão do Padre Mariano.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

05 novembro 2022, 12:24