Reflexão para o XXXIII Domingo do Tempo Comum
Padre Cesar Augusto dos Santos, SJ - Vatican News
“Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo salvação em suas asas.”
Esta frase de Malaquias nos garante a vitória final em que, apesar de vermos o triunfo do mal, o bem será o triunfador.
Mas para que a justiça triunfe ainda neste mundo, será necessário que trabalhemos com fé, esperando uma sociedade nascida do trabalho daqueles que atuam em seu favor e da liberdade. Cada gesto, por menor que seja, mas que demonstre resistência ao mal e adesão ao bem das pessoas, é uma pequena vitória dos justos.
No Evangelho, temos uma página de estilo apocalíptico, isto é, uma linguagem aparentemente incompreensível, mas que fortifica a esperança na ação de Deus.
É-nos proposta uma resistência inteligente que desmonta os sistemas que geram opressão e morte. Jesus fala da destruição do Templo de Jerusalém.
O Templo representa a antiga aliança e como tudo que é antigo, também ele sofrerá destruição, não ficará pedra sobre pedra, mas os amados de Deus ficarão incólumes e nem um fio de cabelo de sua cabeça se perderá. O antigo será destruído, se perderá porque o novo será o eterno, mesmo que se desenvolva de modo discreto, simples, ele permanecerá.
Também nós enfrentamos dificuldades em nossa vida, em nosso dia a dia e ficamos muito tristes e preocupados porque perdemos coisas que foram duramente conquistadas e parecem desaparecer para sempre.
Nesse momento surge Jesus, a fé na vida, e nos diz que é necessário permanecer firmes, que será desse modo que ganharemos a vida.
Estamos no final do Ano Litúrgico. No domingo seguinte celebraremos Cristo Rei do Universo. Tivemos mais um ano para crescer no conhecimento do amor de Deus, no aumento da fé, da esperança e da caridade.
Neste momento poderemos fazer uma avaliação de como nos portamos face à Misericórdia de Deus, que nos deu mais um ano para crescermos na fé.
Deixamo-nos impressionar pelos eventos apocalípticos de em nossa vida? Ficamos assustados com as atitudes desconcertantes de algumas pessoas? Somos dependentes da aprovação das pessoas?
O Senhor nos manda permanecermos firmes, isto é, firmes na fé em suas palavras de esperança e de fé na vida!
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