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Convocados pelas Igrejas Católica e Protestante, congoleses manifestam-se em Kinshasa contra a violência que assola o pais Convocados pelas Igrejas Católica e Protestante, congoleses manifestam-se em Kinshasa contra a violência que assola o pais 

"Caminhada pela Paz" reúne milhares de congoleses contra a violência

O objetivo das manifestações era denunciar a violência do Novimento terrorista 23 de março (M23), que ocupava vários lugares de Kivu do Norte. Com seu gesto, os participantes acusavam o silêncio da comunidade internacional que, representa a sua cumplicidade com as forças de ocupação,

O cardeal Fridolin Ambongo, arcebispo de Kinshasa, enviou uma mensagem aos participantes da Marcha pela Paz realizada no último domingo, 4, nas dioceses da República Democrática do Congo: “Nossa marcha não tem significado político, mas pretende mostrar ao mundo que somos um só povo, unidos pela causa nacional, pela soberania do país e pela dignidade do nosso povo”.

A iniciativa foi promovida pelos bispos católicos congoleses, para protestar contra a violência no leste do país. Com Terço na mão, crucifixos, faixas e cantos religiosos, os manifestantes de todas as idades participaram de quinze caminhadas na capital Kinshasa, e percorreram as ruas de muitas outras cidades.

Nos diversos slogans das paróquias congolesas, estava escrito: “Não à balcanização da RDC”! “Não à hipocrisia da comunidade internacional…”!

A caminhada para se realizar em Goma, capital do Kivu do Norte, foi cancelada para evitar "possíveis infiltrações".

O objetivo das manifestações era denunciar a violência do Movimento terrorista 23 de março (M23), que ocupava vários lugares de Kivu do Norte. Com seu gesto, os participantes denunciavam o silêncio da comunidade internacional, que é uma forma de demonstrar sua cumplicidade com as forças de ocupação, que violam a soberania e a integridade territorial da RDC.

Segundo os manifestantes, entre os Estados "predadores dos recursos naturais" na RDC, estão Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Bélgica. Eles também denunciam a atitude da ONU, da União Europeia e da Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC), por estarem fazendo um "jogo sujo". "A comunidade internacional mostra uma atitude hipócrita e complacente, que beira a cumplicidade”, afirmam.

Em um comunicado, os participantes da manifestação de Kinshasa pedem às autoridades congolesas uma série de medidas: primeiro, fazer uma profunda revisão dos serviços de segurança; segundo, intensificar o processo de retirada da Organização das Nações Unidas para a Estabilização da RDC (MONUSCO) do território congolês e a retirada da RDC da União Europeia e Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC) e da Organização internacional da Francofonia.

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07 dezembro 2022, 07:07