A Assembleia Regional da CAMEX em El Salvador

Óscar Elizalde Prada - El Salvador

Um total de 91 pessoas estão a participar na Assembleia Regional América Central-México (CAMEX) - não incluindo a equipa coordenadora - que teve início a 13 de fevereiro e continuará até 17 de fevereiro. Vêm da Costa Rica (17), El Salvador (9), Guatemala (5), Honduras (10), México (36), Nicarágua (9) e Panamá (5).

Representatividade e inclusão

"Procurámos uma composição da Assembleia que fosse representativa dos diferentes estados de vida [ou vocações], bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, diáconos, leigos e leigas, pertencentes a vários grupos e ministérios", diz o padre Pedro Brassesco, secretário-geral adjunto do Celam, que acrescenta que "tivemos especial cuidado em representar aquilo que conhecemos como as margens ou setores das periferias, que talvez não tenham sido suficientemente ouvidos durante a primeira fase do processo sinodal".

De fato, dos 91 participantes na Assembleia Regional da Região CAMEX, 50,53% são leigos; 16,49% são religiosos e religiosas; 15,46% são bispos; 15,46% são sacerdotes; e 2,06% são diáconos permanentes (ver infográfico). Entre estes membros, 12,08% são oriundos das periferias.

Grupos de trabalho

O segundo dia da Assembleia começou com um momento de espiritualidade inspirado no ícone da tenda alargada. Dolores Palencia, que é a facilitadora do encontro, orientou a escuta, o diálogo e o discernimento que teve lugar nos 10 grupos de trabalho em simultâneo, que duraram todo o dia.

Para María José Bolaños, representante da Pastoral Juvenil da região CAMEX, "nesta fase continental do sínodo, estar aqui como jovem representa esperança, representa muitos sonhos de ser uma Igreja sinodal que caminha com adolescentes e jovens".

A jovem mexicana explicou que "esta metodologia de conversação espiritual tem sido muito encorajadora e uma forma muito criativa de aprender a ser um ouvinte ativo, ou seja, que como jovens podemos ouvir os outros, mas também podemos ser ouvidos".

"Estamos a fazer algo novo"

No final da tarde houve uma partilha em comum para dividir a experiência do trabalho de grupo que foi realizado em três blocos, assumindo algumas perguntas orientadoras, sempre num espírito de oração.

A Eucaristia celebrada para concluir os trabalhos do dia foi presidida pelo Arcebispo Gustavo Rodríguez Vega, que na sua homilia afirmou que "a sinodalidade não é uma moda; a sinodalidade levou-nos a tornarmo-nos mais unidos como Igreja". O Arcebispo de Yucatán (México) também sublinhou a importância deste momento em que "estamos a fazer algo novo" e recordou que na América Latina e no Caribe "fomos pioneiros neste caminho sinodal". Prova disso é a criação do Secretariado Episcopal da América Central (Sedac) e do próprio Celam, em meados do século passado, assim como as cinco Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano e, mais recentemente, a Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, que teve lugar no México, em novembro de 2020.