Assembleia Sinodal Cone Sul: "resgate de toda a beleza do Batismo que nos une"
Padre Modino - CELAM
Quase 200 representantes do povo de Deus das cinco conferências episcopais que fazem parte da Região do Cone Sul do Conselho Episcopal da América Latina e Caribe (Celam): Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Brasil, reunem-se para partilhar testemunhos e experiências da Igreja no continente, uma oportunidade para socializar e caminhar juntos, em sinodalidade, seguindo a metodologia da conversa espiritual.
É o momento de utilizar estas experiências do povo de Deus para tornar real aquilo que o Papa Francisco nos pede: construir uma Igreja sinodal, uma Igreja de comunhão, participação e missão.
“A acolhida da assembleia do Cone Sul, para nós enquanto equipe sinodal, enquanto Igreja no Brasil, é um momento antes de tudo de ação de graças por todo o caminho feito até o momento, e também de expectativa daquilo que será o Sínodo dos Bispos”, segundo o Padre Patriky Samuel Batista. O Secretário Geral Adjunto da CNBB afirma que “é uma ocasião favorável para que a gente possa começar a transformar toda essa escuta em um caminho”.
O presbítero lembra as palavras do Papa Francisco, para quem “a sinodalidade é o caminho que Deus quer para a Igreja hoje”. Ele insiste em que “agora então atentos aos sinais dos tempos, nessa escuta comprometida, que nós possamos agora celebrar presencialmente no encontro com a Igreja na América Latina, no Cone Sul. É um momento de ação de graças, de memória e de renovação da esperança”.
Um encontro que é visto pelo Padre Patriky como “um compartilhar de experiências que vai nos ajudando a perceber desafios comuns, mas também horizontes que se apresentam também de superação desses desafios, tanto na perspectiva eclesial como nos desafios que tocam diretamente à sociedade”. Ele insiste em que “além disso é uma oportunidade singular para que a gente possa compartilhar as boas práticas e as experiências também de escuta dos outros países, das outras conferências. Esse compartilhar a partir da escuta do Espírito é um momento muito especial para todos nós”, ressaltando que “é uma dinâmica nova”.
Um momento em que participam todos os estamentos do povo de Deus, o que é considerando pelo Secretário Geral Adjunto da CNBB como “expressão bela da Igreja que é comunhão”. Uma dinâmica que, antes de tudo é “esse resgate de toda a beleza do Batismo que nos une”. O presbítero brasileiro não duvida em definir este encontro como “um belo testemunho que a gente oferece para o mundo, onde todos, cada um com sua vocação, com seu ministério são chamados a ser essa Igreja em saída, mas sairmos juntos, esse é o grande horizonte”.
Lembrando de novo as palavras do Papa Francisco, o Padre Patriky diz que “há momentos que os pastores estejam à frente, no meio, às vezes atrás”. Ele destaca “essa mobilidade, essa disposição de caminhar juntos, mas também de ir valorizando cada membro do povo de Deus, sobretudo o laicato, é um momento singular”. De fato, “toda essa caminhada sinodal, esse processo de escuta e essa assembleia agora do Cone Sul, é também uma oportunidade para que a gente possa redescobrir a Teologia do Batismo”.
Estamos diante de “uma Igreja que deseja mais do que nunca caminhar juntos, na escuta uns dos outros, transformando essa escuta em caminho. É uma Igreja profundamente ministerial e aí vem toda essa reflexão sobre o sacramento do Batismo, mas do que a fonte comum para todos nós, o trampolim que nos joga realmente na missão, independente da vocação, do ministério que exerce, a importância e a beleza do sacramento do Batismo”.
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