Monges beneditinos em Campos: missão de escutar, acolher e abençoar
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
No mês de dezembro do ano passado a Diocese de Campos recebeu os Monges Beneditinos no Mosteiro Nossa Senhora da Ternura =, Formosa, que assumem a missão de viver a sinodalidade. Os religiosos estão no Mosteiro de São Bento, uma tradição de quase quatro séculos. Vivendo uma vida simples os monges recebem a comunidade para escuta, acolhida e para abençoar. Dom Inácio Maria da Veiga, sacerdote, celebra de segunda feira à sábado às 6h30 e domingos às 11h a missa conventual e às 18h.
Vida simples, mas a espiritualidade monástica. Uma rotina de oração e trabalho iniciada com as vigílias às 4h30 e durante o dia o trabalho compartilhado, desde o preparo das refeições até o cuidado com a casa. Enquanto alguns cuidam da casa, dom Inácio atende aos penitentes ou os que procuram por direção espiritual. Missão que revela a escuta sinodal. Uma jornada diária que tem como proposta acolher e abençoar.
Nascido na comunidade, Malcon Santos Viana, 24 anos, recorda as lições dos monges no mosteiro campista. E com a chegada dos religiosos revive com alegria a espiritualidade beneditina. Para o jovem a presença dos monges e importante para a região.
“Essa presença que sentimos desde muito tempo, até alguns anos atrás, posso deixar com comparação como se fosse um perfume beneditino que ficou afastado por alguns anos e retorna no meio de nós com grande jubilo para grande parte do Povo de Deus. Realmente é um sonho na vida de muitos, que esse perfume beneditino fique para sempre no meio de nós, de acordo com a vontade de Deus”, relata o jovem.
Resgatar histórias e o legado dos monges
“Estamos para dar continuidade e também beber dessa rica história e tradição dando o tudo de nós”. Dom Inácio Maria da Veiga – Prior
Os monges ajudaram a construir os pilares para o processo civilizatório no município de Campos dos Goytacazes, além da evangelização deixaram uma importante contribuição na cultura, valorizado as expressões populares e promovendo o diálogo entre a fé e a cultura. Resgatar essa tradição representa manter viva a tradição monástica e a espiritualidade beneditina. Ivonete Machado recorda a mãe que teve sua história ligada aos monges, em especial Dom Bonifácio Plum.
Recordações da infância e juventude. José Roberto Souza, 49 anos tem uma história familiar ligada aos monges. Foi batizado e fez sua primeira comunhão e seu pai pertenceu a Liga Católica Jesus Maria São José. Boas lembranças e a alegria de ver o mosteiro reaberto.
“Fiz minha primeira comunhão na capela de São Miguel nesse ano de 1987 por Dom Faria foi um dia maravilhoso. Minha tia também se casou aí no mosteiro de São Bento eu fui criado aí eu amo esse lugar irmão Antônio depois das missas sempre as crianças que se comportavam ganhavam um doce e quem fazia bagunça ele dizia que ia para clausura. Meu pai me educou aí por isso tanto amor por esse lugar ...dom Beda ...dom Jerônimo...todos com sua marca nos nossos corações por isso tanta alegria ver o mosteiro reaberto. Meu pai me educou aí por isso tanto amor por esse lugar ...dom Beda ...dom Jerônimo...todos com sua marca nos nossos corações por isso tanta alegria ver o mosteiro reaberto. Meu pai me educou aí por isso tanto amor por esse lugar ...dom Beda ...dom Jerônimo...todos com sua marca nos nossos corações por isso tanta alegria ver o mosteiro reaberto. Me lembro que no centro aí do mosteiro tinha um jardim de rosas lindo como eu tenho lembranças boas daí”...recorda José Roberto.
Tradição que envolve jovens
“Comecei a frequentar o mosteiro com meus pais, ainda era criança e com o tempo comecei a conhecer a vida monástica, servindo como acólito e hoje sou organista. Sempre fui muito apegado a Dom Beda e através dele passei a amar a vida contemplativa monástica. E creio que com certeza está muito feliz com a chegada dos monges em nosso mosteiro. Se a nossa alegria é grande já que o sonho dele era esse mosteiro restaurado e com uma comunidade. Não podemos esquecer nosso querido e saudoso Alcy Gomes Barreto Viana que sempre dedicou a sua vida ao mosteiro e as coisas de Deus. - Carlos Henrique de Almeida Alvarenga, 17 anos – Acólito e organista
Boas as recordações do jovem Carlos Henrique de Almeida Alvarenga, 17 anos, que sempre participou das missas onde exerceu a missão de Acólito e organista. Frequenta desde criança levado pelos pais Maria Jacinta de Almeida Alvarenga e Claudio Márcio de Souza Alvarenga
“Neste momento é com uma profunda alegria, por nosso mosteiro está voltando as suas atividades e por muitos anos estava sem uma comunidade monástica em nosso mosteiro e graças a intercessão de São Bento que recebemos com muito carinho esta comunidade monástica que vem de Goiânia. Nosso sentimento é de grande alegria e gratidão a Deus e a nossa mãe, Nossa Senhora do Rosário que sempre nos guie a viver essa espiritualidade em nossas vidas. – revela”, Carlos Henrique de Almeida Alvarenga, 17 anos, acólito e organista.
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