Irmãs Doroteias: a educação é um caminho e possibilidade de encontro da paz
Mariangela Jaguraba - Vatican News
Recebemos, recentemente, a visita à Rádio Vaticano-Vatican News de um grupo de religiosas da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia fundada por Santa Paula Frassinetti.
As irmãs, provenientes de vários países, estiveram em Roma para se prepararem para os votos perpétuos, uma etapa da vida consagrada.
Segundo a irmã Maria Antônia proveniente de Angola, Santa Paula a cativou por causa da "sua vida, sua firmeza, seu "ser mulher de fé, sua maneira de ser que primava muito pela oração, seu modo de ser com as pessoas e o servir aos outros com simplicidade". De acordo com irmã angolana, o carisma de Santa Paula se encarna na sua realidade através da sua missão pastoral. "Vendo a realidade em Angola, a missão se realiza mais nas paróquias, fazendo apostolado, dando catequese, trabalhando com jovens, adultos e crianças, alcançando a todos que buscam esta fé, ativando-os para a sua vivencia cristã e humana. Realizamos a missão também com as crianças nas escolas".
De acordo com a irmã Ivete de Pernambuco, "Santa Paula foi uma mulher que esteve muito presente junto à juventude, e este aspecto me chamou muito a atenção, estar com a juventude". "O Senhor foi me dando respostas através daquilo que as irmãs faziam no Brasil com a juventude", disse ela. "Avante, porque o senhor confia em vocês! Paula diria esta confiança e o avançar sempre naquilo que se acredita", ressaltou.
A conselheira geral da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, irmã Fabiana, a propósito da preparação das jovens para os votos perpétuos, disse que se trata de "seis jovens religiosas Doroteias que estão se preparando para este sim definitivo. É um momento de síntese da caminhada delas de seguimento ao Senhor até agora. Como congregação, oferecemos essa possibilidade de parar seis meses para aprofundar o caminho percorrido, rezar e discernir".
Segundo a irmã Fabiana, "evangelizar através da educação, nas várias realidades, é sem dúvida educar através da evangelização e evangelizar através da educação. A educação é sem dúvida um caminho e possibilidade de encontro da paz, do respeito das diferenças e da possibilidade de desenvolvimento das sociedades. Paula viveu muito profundamente. Foi uma mulher que soube superar todas dificuldades, muito aberta ao diálogo com as diferenças, olhando a pessoa em primeiro lugar".
Para a irmã Isabel de Luanda, em Angola, "este é um momento de reflexão, de aprofundamento da vida da congregação para dar um sim maior a Deus". Segundo ela, as irmãs portuguesas chegaram a Angola, em 1934, e a missão delas é educar, uma "educação que a Doroteia é chamada, não só na escola, mas em todos os espaços em que se encontra, ou seja, educar em todas as dimensões. Acompanhamos uma formação personalizada a todas as pessoas que o Senhor nos concedeu".
Irmã Susana realiza sua missão em Porto, Portugal. Ela faz parte da direção do Colégio Nossa Senhora da Paz. São cerca de 600 alunos que são acompanhados em "seu desenvolvimento integral, aos valores, a uma educação evangelizadora". "Temos um grande desafio, pois é um colégio católico e isso tem de ficar marcado desde o início", disse ela. "Tudo o que vai decorrer dentro do colégio, para além do currículo nacional, terá também este carisma próprio da congregação. Depois, o desafio de educar, esse despertar para o encontro pessoal com Jesus Cristo, fazer esta experiência de encontro, crescer e conhecer a Ele e melhor a si e os outros, para saber o seu papel na sociedade e transformar o mundo que é uma das marcas de Santa Paula: transformar o mundo pela educação", sublinhou.
Irmã Rita de Benguela, em Angola, disse que a sua vocação nasceu de uma experiência com as irmãs Doroteias que trabalham na paróquia onde ela cresceu, mas "primeiro, em casa, o seu pai já dava testemunho, pois quando jovem foram as irmãs que o assistiram. Esse testemunho suscitou em mim o desejo de seguir Jesus na Congregação das Irmãs Doroteias". Segundo irmã Rita, as irmãs em Benguela se dedicam à educação, mas a sua missão é mais na área da saúde. "Eu me formei na saúde e para mim a educação passa também em várias áreas da vida. Para mim educar é na área da saúde. Eu me formei na educação, mas achei por bem seguir pela saúde. Para mim o grande desafio é devolver a esperança às pessoas de viver", disse ela. Outro desafio na área da assistência às crianças no campo da saúde, "tem sido lidar com as mães". Outro desafio, no campo das vacinas, "é levar as pessoas a procurarem a prevenção". "Vamos para os campos de vacinação e nos deparamos com mães que não acreditam que as vacinas podem prevenir certas doenças. Algumas dizem que desde crianças nunca foram vacinas e nunca tiveram doenças, mas podemos constatar que as doenças que surgem na fase adulta são consequências da falta de vacina na infância", disse irmã Rita. Portanto, "despertar a consciência das mães de que as vacinas são importantes e previnem as doenças. Despertar a consciência das mães em promover a saúde", concluiu.
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