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Fiéis nicaraguenses na Missa durante as celebrações na festa de São João Batista, em San Juan de Oriente, Nicarágua, em 24 de junho de 2023. (Foto de STRINGER / AFP) Fiéis nicaraguenses na Missa durante as celebrações na festa de São João Batista, em San Juan de Oriente, Nicarágua, em 24 de junho de 2023. (Foto de STRINGER / AFP)  (AFP or licensors)

Governo da Nicarágua fecha Fundação Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo

Quatro missionárias brasileiras da Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo não tiveram seus vistos renovados e tiveram que deixar o país. Agora estão em segurança em El Salvador. A polícia invadiu a casa das religiosas na noite de domingo.

O Governo do país da América Central cancelou na terça-feira,4, o status legal da Fundación Fraternidad Pobres de Jesucristo, que se dedicava a servir os pobres por meio do fornecimento de alimentos, roupas e orações, e ordenou a expropriação de seus bens.

A dissolução dessa associação religiosa, registrada em agosto de 2019, foi aprovada pela Ministra do Interior da Nicarágua, María Amelia Coronel Kinloch, e a decisão ministerial publicada no Diário Oficial La Gaceta de 4 de julho.

 

Segundo o Ministério do Interior, esta ONG registrada em agosto de 2019 foi declarada ilegal por "descumprimento das leis", visto o mandato de seu conselho administrado ter expirado em 25 de fevereiro de 2021 e não terem sido prestadas contas dos exercícios fiscais de 2020, 2021 e 2022, o que “dificulta o controle e fiscalização da Direção-Geral de Registo e Controle de Entidades Sem Fins Lucrativos” daquela pasta.

Sobre a liquidação do patrimônio do organismo, o Governo explicou que caberá ao Procurador-Geral da República realizar a transferência de bens móveis ou imóveis em nome do Estado da Nicarágua.

Expropriação e expulsão de missionárias brasileiras

 

Este acordo ministerial ocorre dois dias depois que a pesquisadora nicaraguense exilada Martha Patricia Molina e moradores da cidade de León (noroeste) denunciaram que o governo chefiado por Daniel Ortega havia se apropriado da casa onde funcionava a Fundação e ordenado a expulsão das quatro brasileiras missionárias que a administravam.

O Instituto das Irmãs Pobres de Jesus Cristo, ao qual pertence a Fundação Fraternidad Pobres de Jesucristo, informou que as religiosas, cuja residência não foi renovada pelo Executivo da Nicarágua, foram acolhidas em El Salvador.

 

A polícia da Nicarágua invadiu à meia-noite de domingo a casa onde as missionários brasileiras atendiam, localizada na cidade de León, 90 quilômetros a noroeste de Manágua, segundo relatos próximos às freiras nas redes sociais e na imprensa local.

Há sete anos a Fundação Fraternidad Pobres de Jesucristo dedicava-se ao serviço aos pobres, por meio da provisão de alimentos, roupas e orações.

As missionárias planejavam deixar a Nicarágua na próxima semana, depois que as autoridades de Imigração e Relações Exteriores do país centro-americano não renovaram seus vistos de permanência.

Comunicado da comunidade

 

Em seu perfil no facebook, o Instituto de las Hermanas Pobres de Jesus Cristo divulgou na noite de segunda-feira, 3, o seguinte comunicado:

“Paz e bem! Queremos por este meio manifestar nossa gratidão pelos sete anos de missão nas terras da Nicarágua, agradecemos a acolhida da Igreja e do povo durante esse tempo que nosso carisma permaneceu no país servindo os pobres nos seus múltiplos rostos.

Como cita nossas fontes: “Antes de oferecermos qualquer outra coisa, oferecemos primeiro a nós mesmos: oferecemos-lhe Cristo em nós”.

Com isso queremos agradecer a todas as consagradas, leigos, jovens, benfeitores e amigos que construíram conosco a missão e fizeram possível levar Cristo aos pobres. Com esses sentimentos informamos que nossas irmãs já estão em segurança em El Salvador. Deus abençoe a todos”.

Religiosas e religiosos expulsos da Nicarágua

 

As relações entre o Governo Ortega e a Igreja Católica vivem momentos de grande tensão, marcados pela expulsão e prisão de sacerdotes, religiosas e religiosos, proibição de atividades religiosas, como procissões, fechamento de universidades católicas. Mais de 4 mil ONGs e organizações religiosas já foram banidas do país. Mais de 200 presos políticos, incluindo sacerotes e seminaristas foram deportados e levados para os Estados Unidos. Dezenas de líderes da oposição atualmente no exílio foram considerados pelo governo como 'traidores da nação'. 94 deles perderam a cidadania nicaraguense.

Em março de 2022, Dom Waldemar Stanislaw Sommertag, núncio Apostólico em Manágua desde 2018, foi obrigado a deixar o país. Já em março deste ano, à pedido do Governo nicaraguense, foi fechada a Sede Diplomática da Santa Sé em Manágua, com o encarregado de negócios, a.i., da Nunciatura, monsenhor Marcel Diouf, tendo se transferido para a Costa Rica.  A custódia da sede da Nunciatura Apostólica e de seus bens foi confiada, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, à República Italiana. Antes de sua partida, mons. Diouf foi saudado por representantes diplomáticos acreditados na Nicarágua da União Europeia, Alemanha, França e Itália.

O Papa Francisco chamou o governo sandinista de "ditadura rude" em entrevista ao Infobae, apontando "um desequilíbrio na pessoa que dirige" o país centro-americano. 

*Com  informações de Agência EFE

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