Bispo ucraniano-brasileiro compartilha experiências do Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana
Thulio Fonseca – Vatican News
Realizado em Roma de 3 a 13 de setembro, o Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana foi definido pelos bispos participantes como "O Sínodo da Esperança". Dom Meron Mazur, bispo greco-católico ucraniano-brasileiro e primeiro eparca da Imaculada Conceição em Prudentópolis dos Ucranianos, localizada no estado do Paraná, participou desse importante momento e compartilhou suas observações em uma entrevista ao Vatican News.
Ao comentar sobre suas experiências vividas no âmbito sinodal, Dom Mazur disse que o Sínodo foi marcado por uma atmosfera fraterna e informativa, e que os bispos ucranianos se reuniram para discutir como a Igreja pode ajudar a curar as feridas causadas pela guerra e trazer esperança para seu povo.
O encontro com o Papa
"Tivemos um encontro com o Papa, que nos acolheu com muita fraternidade, nos trazendo todos os discursos que ele fez, sempre em prol da Ucrânia, que foram mais de 200. O Santo Padre também trouxe um ícone que o nosso arcebispo-mor, Sviatoslav, o presenteou quando Francisco era ainda bispo na Argentina. O Papa disse que reza diante desse ícone todos os dias, pedindo a Nossa Senhora que conceda a paz".
Reflexão e espiritualidade
Dom Meron Mazur relatou que durante os dez dias do Sínodo foram abordados diversos assuntos relacionados à Igreja ucraniana, e que os momentos de reflexão foram vivenciados com profunda espiritualidade. Uma celebração na Basílica de São Pedro foi presidida pelo Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito emérito do Dicastério para as Igrejas Orientais.
"O Sínodo chegou ao fim, com vários pontos a serem discutidos e com uma mensagem enviada para todo o povo ucraniano", contou o representante da Igreja Greco-Católica Ucraniana no Brasil.
A realidade no Brasil
Ao comentar sobre a acolhida de refugiados ucranianos no Brasil, Dom Meron Mazur explicou que, devido à distância geográfica e à situação econômica do Brasil, o número de refugiados ucranianos no país é pequeno. No entanto, ele destacou o papel fundamental da Igreja na ajuda aos refugiados: “através da Cáritas do Paraná, foi organizada uma grande coleta de fundos que foi enviada para a Ucrânia, ajudando a apoiar aqueles que sofrem com os efeitos devastadores da guerra”.
"Como nos sentimos diante dessa guerra, mesmo estando distantes? O sofrimento é muito grande porque é um sofrimento psicológico; nós imaginamos e sofremos, não temos todas as informações corretas sobre a guerra", concluiu Dom Mazur, ressaltando que a guerra na Ucrânia continua sendo um desafio complexo, e a Igreja Católica, com todos os seus ritos, permanece comprometida em oferecer apoio e esperança àqueles que mais precisam.
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