2024 será o Ano da Eucaristia na Turquia
2024 será o Ano da Eucaristia para a Igreja Católica na Turquia. O anúncio é do arcebispo metropolitano de Esmirna e presidente da Conferência Episcopal da Turquia, dom Martin Kmetec, explicando os seus objetivos em uma carta pastoral distribuída a todos os fiéis.
Convocando o especial “Ano Eucarístico”, o arcebispo informa que este terá início no primeiro Domingo do Advento, 3 de dezembro de 2023, e terminará em 24 de novembro de 2024, Solenidade de Cristo Rei, na conclusão do ano litúrgico. “Por meio da celebração do Ano da Eucaristia – explica o arcebispo – a Igreja da Turquia deseja conhecer, amar, servir e anunciar cada vez mais o Senhor Jesus e reconhecê-lo presente, como os discípulos de Emaús, no gesto de partir o pão. Juntos desejamos aprofundar, por meio da catequese e de outros instrumentos, a fé da comunidade eclesial relativa a este Sacramento, participar de forma cada vez mais ativa e consciente nas celebrações litúrgicas, recordar-nos que depois de termos comido o Pão do Céu somos chamados a partilhar o pão terreno com todas as pessoas que se encontram na pobreza e na necessidade”.
“Queridos irmãos e irmãs – afirma dom Martin Kmetec no texto – a Sagrada Eucaristia é o imenso dom do amor de Deus. Este grande Sacramento, instituído por Jesus na Última Ceia como memória da sua Páscoa, é alimento espiritual para os fiéis, sinal de unidade e vínculo de caridade, promessa de glória futura. Mostra o cumprimento contínuo da promessa do Salvador que disse: Estou convosco todos os dias até o fim do mundo. Verdadeiramente podemos dizer junto com o Papa São João Paulo II: a Igreja vive da Eucaristia.".
O arcebispo observa que, durante o caminho sinodal, vivido em unidade com toda a Igreja universal, constatou-se que nas comunidades cristãs que vivem na Turquia “a Santa Missa ainda é muito importante. A Palavra de Deus e a participação na Missa dominical continuam a ser uma necessidade para os indivíduos”. Ao mesmo tempo – observa – “surgiu a urgência de deter o declínio do “espírito de unidade” que se verifica em muitas realidades da nossa Igreja”. Por esta razão, confirmando a intenção expressa por ocasião da conferência sinodal realizada em Izmir em outubro de 2022, os bispos da Turquia aprovaram a proposta de “dedicar um tempo especial para que em todas as nossas comunidades possamos colocar cada vez mais a Eucaristia no centro e, a partir dele, construir novos vínculos de comunhão e renovar a nossa vida cristã e a nossa ação pastoral”.
“A escolha de viver este tempo particular de graça no ano de 2024 – explica – está ligada a alguns motivos. Antes de tudo, pretende estar profundamente unido à celebração do 53º Congresso Eucarístico Internacional, que terá lugar em Quito, em setembro do próximo ano, sobre o tema “Fraternidade para curar o mundo”. Vós sois todos irmãos” (Mt.23,8). Desta forma pretendemos participar, segundo as nossas possibilidades concretas, neste momento significativo da vida da Igreja universal. Além disso, o ano que está para ser aberto, marcará a conclusão do caminho sinodal que começou providencialmente há muito tempo e nos conduzirá à abertura do Ano Santo de 2025 que, segundo a vontade do Papa Francisco, terá como meta tema 'Peregrinantes in Spe', peregrinos de esperança. Centrar a nossa atenção na Eucaristia, que é sacramento da unidade, pão de esperança e profecia de um mundo novo, ajudar-nos-á a viver fecundamente estes momentos tão importantes”, lê-se no texto da carta.
Neste tempo especial, a Igreja na Turquia quer também responder concretamente ao convite dirigido pelo Papa Francisco a todos os cristãos: amar a Deus adorando-o. “De fato, a adoração – afirma – é a primeira resposta que podemos oferecer ao amor gratuito, ao amor surpreendente de Deus. Adorar significa reconhecer na fé que somente Deus é o Senhor e que a nossa vida e que da ternura do seu amor dependem as nossas vidas, o caminho da Igreja, o destino da história. Ele é o sentido da vida."
Nas próximas semanas, as diversas iniciativas propostas para viver o Ano Eucarístico a nível nacional e local serão comunicadas aos fiéis. É importante sublinhar que não se tratará tanto de viver “grandes eventos” ou “grandes encontros”, mas de abraçar um espírito de conversão que toca a vida de cada um, por meio de escolhas pessoais de fé e de caridade: “É necessário que cada comunidade particular, diocesana, paroquial, religiosa ou de qualquer outra espécie, sob a orientação dos seus párocos ou superiores, se interrogue, com base nas suas possibilidades e necessidades específicas, sobre a melhor maneira de viver o Ano da Eucaristia. Ao mesmo tempo, cada crente, bispo, presbítero, diácono, religioso, consagrado, leigo, é convidado a perguntar-se: como desejo viver este tempo da melhor maneira possível? Que escolhas concretas posso e quero fazer para que o Ano da Eucaristia que me foi dado viver deixe realmente um sinal de novidade e de alegria na minha vida?”.
Ao convidar os fiéis a prepararem-se “para entrar juntos com alegria no Ano da Eucaristia”, o arcebispo retoma as palavras de dom Luigi Padovese, Vigário Apostólico da Anatólia, falecido em 3 de junho de 2010: “Senhor, ajuda-nos a acreditar que seu amor por nós não tem limites. Faz-nos compreender que na Eucaristia tu desejastes estar sempre conosco. Abra os nossos olhos, para que compreendamos que o sentido da nossa existência se realiza em nos tornarmos também pão que dá vida e sustenta. Ajuda-nos a tornar-nos Eucaristia para os nossos irmãos, isto é, cristãos que dão o que recebem: amor, conforto e esperança”.
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