África Central: um serviço de acolhida em uma terra de fuga e refúgio
Vatican News
A República Centro-Africana é, ao mesmo tempo, uma terra de acolhimento de refugiados e um território do qual seus habitantes fogem para buscar segurança nos países vizinhos. Isso se deve ao fato de que várias áreas centro-africanas são marcadas pela instabilidade causada por grupos de guerrilheiros, gangues ou mercenários. Os próprios vizinhos da África Central estão em uma situação precária, como é o caso do Sudão, Sudão do Sul e Chade.
Há vários anos, a Republica tem uma população de 600 mil centro-africanos esperando para retornar ao seu país por meio do Programa de repatriação coordenado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em colaboração com o governo de Bangui. O Programa que teve inicio em 2017 prevê que em 2024 os refugiados centro-africanos que vivem na República do Congo, na República Democrática do Congo, no Chade e em Camarões serão gradualmente repatriados.
De acordo com o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados na África Central, Oliver Fafa, se faz necessário apoiar o governo centro-africano no desenvolvimento de infraestrutura social básica, como escolas, centros de saúde e poços, a fim de proporcionar condições de vida decentes aos repatriados. “Precisamos da ajuda de todos. As instituições financeiras, como por exemplo, o Banco Africano de Desenvolvimento, que está pronto para apoiar o retorno; o Estado Centro-Africano, que deve direcionar o desenvolvimento para essas áreas para poder receber essas pessoas”, afirma.
Ao mesmo tempo, o Acnur e o governo centro-africano estão comprometidos em fornecer assistência duradoura aos refugiados, aos solicitantes de asilo, a pessoas deslocadas internamente e aos repatriados que foram recebidos no país.
A proposta da ONU é que os refugiados sejam produtivos na comunidade anfitriã e participem da vida econômica da República Centro-Africana, distribuindo sementes e ferramentas agrícolas para eles. “O que estamos fazendo por essas pessoas é garantir-lhes liberdade de movimento em termos de proteção e documentação. Além da assistência de proteção, fornecemos itens domésticos, água, abrigo e saneamento”, enfatiza o representante do Acnur.
A Igreja Católica não tem medido esforços na acolhida, proteção, promoção e integração dos migrantes e refugiados que, além de deslocados, se tornam vulneráveis e vitimas do tráfico humano por meio da Comissão dos Bispos para Refugiados e Migrantes. “A Igreja deve estar próxima dos migrantes e refugiados. Muitas pessoas deixam este país, às vezes não porque escolheram, mas porque são forçadas e a Igreja, como mãe, não pode ficar hostil a seus irmãos e irmãs”, afirma o cardeal Dieudonné Nzapalainga, arcebispo de Bangui e presidente da Comissão Episcopal para os Migrantes e Refugiados.
(Fides)
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