No Santo Sepulcro em Jerusalém abre-se uma nova fase de obras
Lurdinha Nunes - Jerusalém
As escavações na Basílica do Santo Sepulcro foram conduzidas pelo Departamento de Ciências Antigas da Universidade Sapienza de Roma. A professora Francesca Romana Stasolla, responsável pela pesquisa, ilustrou com um comunicado de imprensa oficial, o extraordinário progresso do ano de 2023.
PROF. FRANCESCA ROMANA STASOLLA Departamento de Ciências Antigas - Universidade Sapienza de Roma.
Conseguimos, antes de tudo, fechar o perímetro da rotunda e isso permitiu-nos compreender a constituição desta área particularmente sensível. Foi um ano extraordinariamente frutífero porque, começamos a juntar as várias peças do quebra cabeça desta escavação que é fragmentada.
E assim, toda a história deste extraordinário lugar nos é apresentada, desde a rocha original, portanto desde os primeiros séculos, até à época contemporânea.
Para S.B. Teófilo III, patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, todos os responsáveis estão muito felizes com o andamento dos trabalhos.
S. B TEOFILO III Patriarca Greco Ortodoxo de Jerusalém
É muito importante para a própria Igreja, para o complexo do Santo Sepulcro, mas também para as comunidades cristãs e o povo de Jerusalém. Dizemos isto porque hoje o Santo Sepulcro é o coração do cristianismo, da fé cristã e, portanto, é um ponto de referência para milhares, senão milhões, de pessoas que gostariam muito de visitá-lo. E o que estamos fazendo hoje é uma grande bênção para todos nós, porque a nossa missão aqui como igrejas, para com as comunidades que servimos, para com todo o Cristianismo, é precisamente manter, valorizar e promover os valores da Bíblia, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
SAMUEL AGHOYAN Superior Armênio do Santo Sepulcro
O que eu gostaria de dizer é que o lugar que estamos restaurando é um lugar santo, um prédio muito antigo.Requer obras de renovação e restauração para garantir sua durabilidade. E estamos felizes que as três comunidades tenham compreendido e percebido que é importante restaurar a igreja para o benefício da vida do edifício e para a alegria dos fiéis que vêm visitar aqui em Jerusalém.
Para frei Dobromir Jasztal, as obras de 2023 desenvolveram-se muito bem e foram respeitadas as diferentes fases do projeto.
Fr. DOBROMIR JASZTAL, ofm Gestor do projeto
Este ano certamente correu muito bem. No início a agenda dos trabalhos também teve em conta as dificuldades de aglomeração da Igreja por peregrinos e as diversas funções. Os trabalhos foram organizados de forma a não atrapalhar as visitas, orações e procedimentos, assim como foi possível prosseguir com as obras. O objetivo foi alcançado, estamos num bom momento e esperamos poder continuar nos próximos meses para concluir.
Para frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, o trabalho realizado tanto pelos arqueólogos e restauradores, como também por aqueles que acompanham todos os desafios da infra-estrutura, foi um excelente trabalho. Dentro de aproximadamente um ano poderemos também ver o novo piso da basílica. Fr. FRANCESCO PATTON, ofm Custódio da Terra Santa- Será muito interessante nos próximos anos ver os estudos que serão publicados, os estudos que vão resumir o trabalho desses arqueólogos e restauradores que trabalharam. Acredito que no final será muito interessante o que eles poderão nos dizer e oferecer como síntese de uma grande obra e também nos mostrar como é este lugar, que é o lugar mais importante para nós cristãos, porque é o lugar que nos fala do sepultamento e da ressurreição de Jesus. É um lugar que ao longo dos séculos, evoluiu lentamente, mas a partir da certeza daquele túmulo escavado na rocha, de que falam os Evangelhos.
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