Cavaleiros de Colombo: os ucranianos são heróis, mas precisam de ajuda
Pawel Rytel-Andrianik e Pawel Rozwód – Cidade do Vaticano
“O povo ucraniano é um povo de heróis, mas ainda precisa da nossa ajuda humanitária. Quando um helicóptero passa por cima de um centro de refugiados, as crianças fogem de medo. Eis a demonstração do alcance da tragédia humana”. Esta é a imagem que Patrick Kelly, Cavaleiro Supremo da Ordem dos Cavaleiros de Colombo, descreve em uma entrevista à Rádio Vaticano - Vatican News, por ocasião do segundo aniversário da agressão militar da Rússia contra a Ucrânia.
Ajuda dos Cavaleiros de Colombo
Patrick Kelly diz na entrevista que, desde o início da guerra, os Cavaleiros de Colombo prestaram todo tipo de ajuda ao país: “Nos últimos dias, na Ucrânia, foram entregues 4.000 casacos às crianças órfãs, que perderam seus pais na guerra. Elas precisam, mais do que nunca, do nosso apoio e ajuda; precisam de calor humano. Quando estive na Ucrânia, tive a oportunidade de dizer que os Cavaleiros de Colombo estão do lado do povo ucraniano, que tanto sofre; devemos ajudar os que vivem no sofrimento; devemos ser um sinal do amor de Deus para com eles, que vivem naquela tragédia".
250.000 kits de ajuda humanitária
Patrick Kelly esteve duas vezes na Ucrânia. Mas, antes de partir, disse: “Mantive um encontro com o Papa Francisco. Ele abençoou as ajudas humanitárias que estávamos levando ao país, por ocasião da Páscoa. Os Centros de Misericórdia dos Cavaleiros de Colombo se posicionaram ao longo dos confins da Ucrânia e a Polônia, para ajudar os refugiados a atravessar a fronteira, fornecendo calor humano, alimentos, assistência médica e espiritual e dando-lhes a oportunidade de receber conselhos e assistir à Missa. Estamos enviando caminhões com pacotes de ajudas humanitárias, que, duas vezes por semana, partem da Polônia para a Ucrânia. Prestamos este serviço há 95 semanas e vamos continuar a fazê-lo. Já foram distribuídos 250 mil kits aos que sofrem”.
Encorajamento do Papa
Patrick Kelly recorda que o Santo Padre o encorajou a continuar a prestar ajudas humanitárias à Ucrânia: “Quando eu estava em Lviv, enquanto falava aos seminaristas do Seminário Greco-Católico Ucraniano, a luz se apagou, porque não havia eletricidade naquela parte da cidade. Assim, de repente, encontrei-me na escuridão. Depois, foi ligado um gerador e pude continuar o bate-papo. Isto demonstra, claramente, que a vida na Ucrânia, neste momento, está sendo muito difícil. As pessoas estão sofrendo muito por causa desta grande tragédia”.
Obra fraterna entre poloneses e ucranianos
Por outro lado, o Cavaleiro Supremo da Ordem dos Cavaleiros de Colombo diz que se sente extremamente edificado com o que a Igreja está fazendo, tanto na Polônia quanto na Ucrânia, com a abertura aos refugiados de conventos, seminários e muitos outros centros religiosos: “Para mim foi muito edificante ver a contribuição que a Polônia está dando nesta tragédia, sobretudo, acolhendo e cuidando dos refugiados em suas casas. Sou testemunha ocular da maravilhosa cooperação entre os Cavaleiros de Colombo poloneses e ucranianos. É realmente uma obra fraterna". Os Cavaleiros de Colombo continuarão a manter sua missão caritativa na Ucrânia, mesmo quando as coisas começarem a mudar: “Atualmente, estamos passando por uma fase diferente, ajudando as pessoas que sofreram o trauma psicológico da guerra; estamos colaborando com algumas clínicas e com sacerdotes, que também são psicólogos, para auxiliar as pessoas que tiveram experiências traumáticas”. Assim, conclui o Cavaleiro Supremo: “O amor suprime o ódio que a guerra traz consigo. As crianças, de modo particular, precisam de atenção concreta e sincera".
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