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Tribunal incendiado por gangues armadas, em Porto Príncipe. A capital do Haiti foi praticamente fechada em 4 de março de 2024, com os residentes se aventurando apenas para o essencial. Tribunal incendiado por gangues armadas, em Porto Príncipe. A capital do Haiti foi praticamente fechada em 4 de março de 2024, com os residentes se aventurando apenas para o essencial.   (AFP or licensors)

Permanecer ao lado da população haitiana, a importância da Igreja Missionária

“Este é um vislumbre da vida atual no Haiti, uma dos fronts quentes da terceira guerra mundial em andamento. É por isso que a presença da Igreja e da Igreja Missionária, neste país como em todos os países em guerra, é tão importante. Permanecer ao lado da população, continuar a testemunhar com a nossa vida ao serviço de Deus e do homem que o povo do Haiti, um povo de mártires, não está sozinho. Continuar a servir e a ajudar os mais necessitados para não os deixar sozinhos

O país está em ruínas, toda a região está isolada porque as gangues agora controlam o acesso à capital e as pessoas e bens só podem chegar com pontes aéreas complicadas ou arriscando, com toda probabilidade, a perda de vidas e bens.

“Isso significa que também os medicamentos e os bens de primeira necessidade, os alimentos que não vêm diretamente dos próprios campos, não podem chegar e os que chegam são cada vez mais caros. Os doentes não conseguem receber tratamento nem mesmo chegar a hospitais mais equipados, noutras zonas do país, não apenas na capital, o que significa que há falta de leite para as crianças e escassez de alimentos”.

O trágico relato é de Maddalena Boschetti, missionária leiga fidei donum da Diocese de Gênova e consagrada camiliana. “Em todo o Haiti, não apenas na capital – continua Maddalena, que cuida de crianças com deficiência e doentes e de suas famílias no noroeste do Haiti – a insegurança e a violência das gangues matam. Matam não somente na violência das ruas de Porto Príncipe e das grandes cidades, mas também na privação das necessidades de vida daqueles que já não têm recursos e que sobrevivem nos contextos mais pobres da província. Não há espaço no hospital, os medicamentos são poucos e essenciais, os cuidados paliativos não existem. Existe somente a dor. Não há possibilidade de fazer um exame histológico, nem uma mamografia; as radiografias são de muito má qualidade.”

“Este é um vislumbre da vida atual no Haiti, uma dos fronts quentes da terceira guerra mundial em andamento. É por isso que a presença da Igreja e da Igreja Missionária, neste país como em todos os países em guerra, é tão importante – conclui a missionária. Permanecer ao lado da população, continuar a testemunhar com a nossa vida ao serviço de Deus e do homem que o povo do Haiti, um povo de mártires, não está sozinho. Continuar a servir e a ajudar os mais necessitados para não os deixar sozinhos, para dizer que a sua vida tem valor."

*Agência Fides

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07 março 2024, 13:55