O alerta de Pe. Carlos Aquino: é urgente a instituição de catequistas em Portugal
Vatican News
O Pe. Carlos Aquino afirmou que “a catequese está no alicerce da Igreja, sendo o fundamento para a edificação da Igreja e o aprofundamento da fé. É uma missão indeclinável e insubstituível”. Na conferência de quarta-feira (3), «O catequista instituído na liturgia e na vida da comunidade… a partir do Ritual de Instituição de Catequistas», o sacerdote destacou a importância de uma “formação espiritual profunda” desses agentes, pois “é isso que norteia a vida cristã”.
“O centro da vida cristã é ‘fazer de Cristo o coração do Mundo’ e isso só acontece se ‘Cristo for o mundo do nosso coração’”, apelou. Desafiando a uma relação mais aprofundada entre “comunidade e catequista”, o pároco de Loulé e Querença considerou que a questão não passa apenas por melhorar “as relações humanas, nas comunidades”, mas de aprofundar "a formação e a espiritualidade”.
“A Igreja é chamada a ser comunidade orante e de orantes. Daqui brotará a ousadia da caridade e o ardor da evangelização. Se não estamos convertidos, nada se muda e não nos mudamos”, considerou. Dando conta de que todos os catequistas são “chamados a convocar e anunciar a pessoa de Jesus sempre como modelo para vida pessoal e comunitária”, ele lembrou a importância de assumir o exercício catequético como “verdadeiro ministério, serviço e dom, no exercício da dimensão profética da Igreja, em obediência ao Espírito Santo”.
Após quase três anos da instituição do ministério do catequista, o diretor do Departamento Diocesano da Pastoral Litúrgica do Algarve, defendeu a “urgência” da instituição de catequistas em Portugal:
Para o sacerdote, existe “um caminho a fazer-se” que não deve “perder ou demorar demasiado tempo em reflexões teológicas”, ou “buscar a perfeição dos candidatos”:
“Temos de ser ousados em algumas propostas e avançarmos com muita humildade nesse caminho que se impõe para o bem das comunidades. Se formos companheiros, se rezarmos, não haverá problema.”
Aprofundando o próprio documento «Ritual de Instituição de Catequistas», o Pe. Carlos de Aquino lembra que a instituição do catequista “exprime a verdade de um carisma que é essencial à Igreja como dom do Espírito Santo e, por isso, é urgentíssimo também a instituição dos catequistas, porque não são uma função, simplesmente”.
Numa altura em que ainda nenhuma diocese portuguesa instituiu catequistas, o sacerdote deu conta de “vários passos a ser dados”. “Os ritmos são diferentes porque a unidade não é uniformidade. Faz falta muita formação a partir dos próprios catequistas. Talvez uma das dificuldades seja a ausência das próprias comunidades que se ausentam dos catequistas. Se não houver conversão e levar a sério a missão ao serviço da Igreja, atrasamos projetos. Precisamos de formação, sobretudo espiritual. Faz falta valorizar a espiritualidade. Os rituais propõem a dimensão orante. Escutar Deus. Isto é que nos forja e faz-nos discípulos de Jesus Cristo”, completou.
Colaboração: Educris
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