Portugal: educadores cristãos recebem formação no âmbito da proteção de menores
Vatican News
A iniciativa, que começou a ser delineada após as reuniões de junho de 2023, em Fátima, junto dos responsáveis nacionais de EMRC e Catequese, vai desenvolver-se a partir de dois módulos formativos. O «módulo Conhecer», com o qual se pretende refletir sobre a «Violência sexual contra crianças e adultos vulneráveis”, apreendendo estratégias para “conhecer e intervir junto das vítimas e agressores”, e o «Módulo Prevenir e Agir», que parte do «Manual de Prevenção» apresentado por esta organização no passado mês de dezembro.
“Esta é uma primeira fase dirigida aos responsáveis diocesanos da EMRC e da catequese, bem como às Escolas Católicas, e quer dotar os agentes educativos cristãos de ferramentas para melhor cuidar, prevenir e atuar em caso de abusos de crianças, adolescentes e adultos, que estão ao nosso cuidado”, explica Fernando Moita, diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).
Com duas formações programadas para “cerca de quatro dezenas de responsáveis diocesanos de catequese”, a irmã Arminda Faustino, coordenadora do Departamento de Catequese no SNEC, dá conta da necessidade de “ajudar as pessoas a estarem abertas e a perceber que esta realidade não acontece só noutras latitudes. Ela pode estar presente junto a nós e temos de nos formar, ser competentes nestas matérias para podermos efetivar a ‘dupla fidelidade’ a que nos chama o próprio Diretório para a Catequese, quando nos pede para reconhecermos ‘a quem anunciamos’ e quem são os destinatários do anúncio do evangelho”, afirma.
Fruto da “parceria e colaboração científica” Universidade Católica Portuguesa, a iniciativa formativa para os responsáveis diocesanos da EMRC releva para a carreira docente constituindo-se como “formação de curta duração” e tem a duração de seis horas.
Para os responsáveis pelo SNEC, a catequese, as aulas de EMRC e as Escolas Católicas devem ser “lugar privilegiado do cuidado” e quem assume “esta responsabilidade de coordenação” tem de ter as “competências necessárias para ajudar outros”.
Em julho de 2023, e numa reunião com responsáveis da EMRC, Rute Agulhas tinha pedido aos docentes uma “especial atenção no cuidado e na antecipação de situações”, destacando o seu papel na escola. “Sabemos que muitas crianças vão ter convosco e é importante que estejam capacitados e que saibam o que fazer. O nosso trabalho é a de vos ajudar a trabalhar com as crianças e os jovens para que percebam o que é o abuso e como apoiar”, afirmou na ocasião.
Criado em abril, no âmbito da Conferência Episcopal Portuguesa, o «Grupo Vita» assume-se como uma estrutura isenta, autónoma e independente e visa acolher, escutar, acompanhar e prevenir as situações de violência sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica.
Colaboração: Educris
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