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Com cartaz, menino ucraniano pede libertação de seu pai. (Foto: Sergey Dolzhenko) Com cartaz, menino ucraniano pede libertação de seu pai. (Foto: Sergey Dolzhenko)  (ANSA)

Schevchuk pede libertação de mulheres, médicos e sacerdotes prisioneiros de guerra

Na sua mensagem por ocasião da celebração da Páscoa segundo o Calendário Juliano, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, relança o apelo do Papa papr uma troca total de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, segundo a fórmula “todos para todos”.

Na mensagem Urbi et Orbi no Domingo da Páscoa, em 31 de março, o Papa Francisco havia feito um pedido: “Ao mesmo tempo que convido a que sejam respeitados os princípios do direito internacional, espero que haja uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia: todos por todos!”

A Igreja Greco-Católica ucraniana, que celebra a Páscoa de acordo com o Calendário Juliano, está vivendo a Semana Santa. O dia da Páscoa será no próximo dia 5 de maio.

O arcebispo-mor de Kiev, Sviatoslav Schevchuk, sublinhou em sua mensagem, que nesta semana “daremos especial atenção aos nossos irmãos e irmãs que estão em cativeiro na Rússia. Queremos afotar medidas e ações concretas para estender a mão e oferecer apoio a todos aqueles que sofrem tortura e abusos nas prisões russas”.

Papa Francisco

 

O líder da Igreja Greco-Católica ucraniana recordou que "as palavras do Papa Francisco sobre a troca de todos por todos, expressas durante o dia da Páscoa segundo o rito latino, deixaram uma marca profunda no coração dos cristãos, tanto em Ucrânia e na Rússia. Hoje, mais do que nunca, não queremos apenas ouvir as palavras e o apelo do Papa Francisco, mas queremos que as suas palavras sobre a troca “todos por todos” se tornem para nós um imperativo, um apelo a ações concretas”.

Em particular, Sua Beatitude fez um apelo pela libertação de três categorias de prisioneiros de guerra: mulheres militares, profissionais de saúde e também sacerdotes capturados. Sua Beatitude observou que “há 10 sacerdotes, de várias Igrejas e denominações, que estão atualmente presos na Rússia”.

Mulheres militares

 

“Hoje exorto-vos: façamos todos os esforços para obter a libertação de todas as mulheres militares prisioneiras de guerra! Dirijo este apelo a todas as organizações de mulheres, tanto religiosas como civis, e a todos aqueles que se preocupam com a dignidade das mulheres no mundo contemporâneo, independentemente das suas próprias convicções ideológicas. Façamos todos os esforços para que as mulheres sejam libertadas do cativeiro. Quer estejam detidas na Ucrânia ou na Rússia, trabalhemos para que, no Domingo de Páscoa, essas mulheres possam regressar à sua família, à sua casa”.

Médicos

 

O mesmo apelo de Sua Beatitude Sviatoslav diz respeito aos médicos: “Durante esta festa da Páscoa, empenhemo-nos com todas as nossas forças para que todos os profissionais de saúde possam voltar para casa, para que haja uma troca pascal “todos por todos” de médicos e enfermeiros. Estes últimos, de acordo com o direito internacional, não são combatentes, mas sim aqueles que salvam vidas humanas. Dirijo este apelo a todas as organizações médicas internacionais e à comunidade dos “Médicos Sem Fronteiras”: façamos todo o possível para garantir que os médicos sejam libertados da detenção, possam voltar a abraçar as suas famílias e retomar a sua nobre tarefa profissional.

Sacerdotes

 

Um apelo também à comunidade religiosa internacional: “Realizemos todos os esforços para garantir que todos os sacerdotes capturados possam regressar às suas comunidades e igrejas. Atualmente sabemos que há 10 sacerdotes, de diversas Igrejas e denominações, presos na Rússia. Mas será possível que, hoje, o mundo inteiro não possa garantir que os 10 sacerdotes possam cantar “Cristo ressuscitou” nas suas igrejas?”

Entre estes dez presos, dois sacerdotes redentoristas greco-católicos, padre Bohdan Geleta e padre Ivan Levitskyi, oriundos de Berdyansk, na região de Zaphorizhzia, estão detidos ilegalmente há quase dois anos e que, segundo algumas informações, teriam sido torturados .

Sua Beatitude Shevchuk recordou também que “atualmente cerca de oito mil militares ucranianos estão detidos na Rússia. E cerca de 1.600 civis encontram-se em condições igualmente infernais. Façamos o possível para que, passo a passo, a troca “todos por todos” se torne uma realidade pascal”.

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01 maio 2024, 08:07