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Jovens vulneráveis atendidos pelos Padres Brancos. Jovens vulneráveis atendidos pelos Padres Brancos.  (ANSA)

Centro Pelicano dos Padres Brancos, “porto seguro” para jovens

O Centro Pelicano dos Padres Brancos em Paspanga, uma pequena aldeia entre Burkina Faso e o Níger,é um “porto seguro” para jovens em situações vulneráveis.
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“Um lugar onde se pode encontrar um ‘porto seguro’, um símbolo de esperança para os jovens em dificuldade que vêm estudar e ao mesmo tempo encontrar sacerdotes com quem partilhar as suas dificuldades”. Trata-se do Centro de Estudos Pelican em Paspanga, uma pequena aldeia entre Burkina Faso e o Níger, cujo diretor é o padre Augustine Rotshak Gonsum, sacerdote dos Missionários de África (Padres Brancos) que oferece formação humana, social, intelectual e espiritual.

“A maioria dos nossos alunos vem de famílias pobres que não têm onde estudar – disse o missionário à Agência Fides. Alguns são órfãos que vivem com os seus familiares sem qualquer apoio concreto. Outros abandonaram as suas aldeias devido aos ataques terroristas e vivem com os pais e amigos. Há também muitos que abandonaram a escola durante anos por vários motivos. No nosso Centro, os jovens que estão deslocados internamente ou que não têm casa e que muitas vezes se encontram sozinhos e sem um adulto a quem recorrer também podem encontrar apoio."

Contudo, o Pelican Center não é apenas um local de estudo. “O nosso também é um lugar de encontro, encontro e promoção humana – explica. Pe. Agostinho. Jovens de diferentes religiões, fora dos seus templos ou mesquitas, reúnem-se para abordar diferentes questões em conjunto. Ao longo do ano organizamos sessões e reuniões nas quais falamos, entre outros assuntos, da paz, da reconciliação, da coesão social, do diálogo inter-religioso, da ecologia e da crise climática. Não faltam dias culturais em que discutimos os nossos valores, as nossas tradições e costumes. Também falamos sobre o desenvolvimento de competências, autoconfiança, respeito próprio e como se integrar na nossa sociedade em constante mudança. Também acolhemos e ajudamos crianças que foram reprovadas várias vezes nos exames de diploma BEPC (Brevet d'Etude de Premier Cycle) ou BAC (Baccalauréat), oferecendo-lhes aulas de acordo com o currículo educacional nacional. Temos uma biblioteca que tem alguns livros escolares, romances, livros religiosos.”

“Naturalmente – destaca o sacerdotes dos Padres Brancos – além de ser um lugar de intercâmbio e promoção humana, o Centro mantém a sua dimensão espiritual. É antes de tudo um lugar de encontro com Deus. Temos uma capela aberta todos os dias onde estudantes e outras pessoas de fora podem entrar para rezar. Mesmo os estudantes não católicos podem praticar livremente a sua fé em espaços e salas livres. Para alcançar todos estes objetivos – conclui Pe. Santo Agostinho - seguimos os regulamentos internos para nos orientarmos e nos guiarmos.”

O Centro Pelican foi fundado em 1992 pelo padre Edouard Duclos, missionário da África. O pelicano é o símbolo dos Padres Brancos. Não tendo mais comida, o animal oferece o seu sangue aos seus filhotes, assim como fazem os muitos missionários que morreram como mártires pelo povo de Deus.

O nome Missionários de África e Missionários de Nossa Senhora de África expressa perfeitamente a vocação da ordem: nascidos na África e para África, são uma Sociedade de Vida Apostólica composta por sacerdotes consagrados e irmãos leigos, solidários com os africanos, atentos aos seus problemas e comprometidos com seu futuro.

*Agência Fides

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21 junho 2024, 12:49