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O embaixador ucraniano junto à Santa Sé, Andriy Yurash, e dom Pavlo Honcharuk, bispo de Kharkiv-Zaporizhzhia dos latinos O embaixador ucraniano junto à Santa Sé, Andriy Yurash, e dom Pavlo Honcharuk, bispo de Kharkiv-Zaporizhzhia dos latinos 

Ucrânia, agradecimento unânime a Francisco: senti-lo próximo nos dá coragem

Muitos testemunhos recolhidos após a missa do último domingo de manhã no Santuário de Berdychiv confirmam o apreço unânime pela decisão do Papa de enviar o cardeal Parolin ao país martirizado por dois anos e meio de guerra: não nos esquecemos, a oração adquiriu confiança e força.

Vatican News

Um grande “obrigado”. É como um vento que chega a Roma, ao Papa, de um lugar antigo que, nas últimas horas, tornou-se um símbolo dos ucranianos que confiam em Deus para resistir e crer, além do sangue e dos mísseis, num futuro de paz para sua terra. Um coro que ganhou vida logo após a missa que o cardeal Pietro Parolin presidiu, no último domingo (21/07), em nome de Francisco no santuário mariano de Berdychiv.

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"O Papa reza por nós"

“Em primeiro lugar, agradeço a Deus pelos muitos sinais através dos quais Deus nos mostra a sua presença. Isto também nos encoraja a não perder a fé, a não sucumbir a notícias e acontecimentos tristes”, disse ao padre Mariusz Krawiec o bispo latino de Kharkiv-Zaporizhzhia, dom Pavlo Honcharuk. Um dos principais sinais é a presença do secretário de Estado no país desde a última sexta-feira. Todos, bispos e fiéis, repetem incessantemente, que é uma bênção. “É um sinal de que não fomos esquecidos, de que o Papa pensa em nós, o Papa reza por nós”, disse dom Oleksandr Yazlovetskiy, bispo auxiliar dos latinos da Diocese de Kiev-Zhytomyr.

Mensagem de agradecimento

O embaixador ucraniano junto à Santa Sé, Andriy Yurash, está na mesma linha: “Queremos que o cardeal Parolin sinta o quanto a Ucrânia está agradecida pelo que ele faz pessoalmente, pelo que a Santa Sé faz, também através da missão do cardeal Zuppi, através das ajudas humanitárias, da oração, da comunicação com outros Estados, da influência sobre o clero de outros Estados através de bispos e comunidades”. Para o diplomata ucraniano é “um momento muito importante para as duas partes”, com o cardeal Parolin levando “sua boa notícia” e a Ucrânia “respondendo com uma mensagem de gratidão, amor e um abraço” a ele “e, através dele, ao Santo Padre".

Rezar sem se cansar

O missionário da Consolata, pe. Luca Bovio, secretário nacional das Pontifícias Obras Missionárias na Polônia, falou da solidariedade ao país do Leste Europeu há dois anos e meio. Pe. Luca levou muitas vezes ajuda humanitária a diferentes áreas da Ucrânia. Um apoio, assegurou ele, que ainda é necessário e que se soma à necessidade igualmente premente da oração. A presença do cardeal Parolin, afirmou o religioso, “tem precisamente este significado, acredito: a primeira ajuda é rezar incessantemente, rezar pelo dom da paz, mas também rezar pelas muitas pessoas atingidas pela guerra, rezar pelos  falecidos, pelos feridos, pelas famílias que tiveram que fugir". Todas estas intenções foram colocadas “aqui aos pés da Mãe de Deus, venerada em Berdychiv, neste belo santuário”.

Maria, uma das muitas pessoas que foram no último domingo ao santuário, com sua simplicidade fez o religioso dizer: “Agradecemos a Deus pelo cardeal Pietro Parolin, que não teve medo de vir à Ucrânia para rezar e concelebrar com os bispos da nossa Igreja, com os sacerdotes e as pessoas comuns." Pedimos a Maria, Rainha da Paz, que “cuide de nós, do nosso povo, dos nossos defensores, de todas as nossas famílias”.

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22 julho 2024, 16:40