O lugar da comunicação na Vida Comunitária
Vatican News
A temática do encontro do grupo de religiosos e religiosas de várias congregações foi uma proposta da jornalista e missionária scalabriniana, irmã Rosa Martins, a ser discutida em uma das oficinas do Congresso da Vida Religiosa Consagrada que se realizou em Fortaleza, CE, em junho deste ano. “Sugeri o tema para a Conferência dos Religiosos - CRB de São Paulo na formação da juventude da Vida Consagrada, especificamente na etapa do juniorato e à CRB Nacional como assunto de discussão para uma das oficinas do Congresso. Estou convicta que de fato o Espírito sopra onde quer e faz maravilhas quando encontra aberta as portas e janelas da Igreja, da Vida Consagrada e dos nossos corações”.
De acordo com a irmã Rosa Martins, a partir do Congresso as religiosas e religiosos que participaram da oficina sugeriram a continuidade da discussão por meio de encontros mensais. “Eu fiquei imensamente feliz com os efeitos e as consequências desta oficina devido à relevância do tema para a Vida Consagrada e a sua missão nos tempos atuais. Vivemos na era da informação onde os aparelhos tecnológicos, a inteligência artificial invade também as nossas comunidades, às vezes de forma evasiva e violenta nos afastando do essencial, da razão pela qual abraçamos o seguimento de Jesus. E a vida comunitária é pura comunicação por ser indiscutivelmente relação interpessoal. E não podemos perder esse foco”.
Ainda segundo a religiosa, esta nova era nos provoca repensar essa comunicação primordial e fundamental no Seguimento de Jesus que é a comunicação interpessoal. As discussões desde o Congresso até agora se realizam na esteira da pergunta-problema: será a comunicação na vida comunitária a responsável pela nossa felicidade como consagradas e consagrados? Estará nela o êxito da nossa missão? “Então esses encontros vão lançando luzes sobre a forma de nos relacionarmos e como a comunicação assertiva pode nos salvar das doenças, do desgaste de energia desnecessário, das fofocas e verborragias favorecendo a concórdia, a paz e a felicidade na vida consagrada”, destaca.
O tema da Comunicação na vida comunitária surgiu ainda quando a Irmã Rosa era assessora da comunicação na CRB Nacional de 2007 a 2016. À época assessorou algumas congregações abordando este assunto e, no ano passado propôs o estudo do tema para as junioristas scalabrinianas. “De lá para cá, e com o Congresso da CRB Nacional cresceram os pedidos de assessorias nas congregações sobre o tema. Ouvir e sentir que muitos frutos já estão sendo colhidos nas congregações é uma grande alegria. É, de fato, gratificante. É um caminho sem volta”, complementa.
Para a pedagoga e religiosa, irmã Francisca da Silva Moreira da Congregação de São José de São Jacinto, a realização da Oficina, animada por irmã Rosa já está produzindo frutos. Ela cita como exemplo, o compromisso de continuar revisitando e aprofundando os conteúdos trabalhados, as dinâmicas e a socialização com as coirmãs de congregação, em âmbitos comunitário e provincial. “Vale destacar a proposta de permanecer realizando encontros mensais online com os participantes da Oficina. Isso possibilita a tomada de consciência e o engajamento na mudança de atitudes, que produzem a alegria de viver e caminhar juntas, como irmãs que compartilham a mesma opção de seguir Jesus, hoje”, ressalta a religiosa que vive no Maranhão.
“Ouvir mais do que falar, procurando primeiro entender o que o coirmão quer dizer e só depois falar para dar minha/nossa opinião. Percebo que estou progredindo, conseguindo respeitar as diferenças de toda ordem. Assim vamos nos conhecendo melhor e qualificando nossa convivência comunitária nos seus diversos momentos de oração, reuniões, nas refeições à mesa e de lazer”, afirma o jornalista e irmão Lassalista, Irmão Hugo Bruno Mombach, fsc.
Segundo a irmã Maria Aldenora da Silva, pedagoga e religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, o tema lhe convida a olhar mais profundamente a maneira de se comunicar para com as demais irmãs e fazer uma retomada do seu agir no dia a dia. “Além dessas boas maneiras, as quais que já fazem parte da minha vida deste a infância, outros elementos indispensáveis na comunicação na vida comunitária vão surgindo graças às reflexões na oficina. Sabemos que são inúmeros os desafios, porém, é possível fazer um trabalho pessoal mediante do que pode e deve ser mudado para melhor”.
Fonte: Redação CRB
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