Comunidade João XXIII celebra centenário de padre Benzi com ações solidárias
Vatican News
Os voluntários da Comunidade Papa João XXIII voltaram às praças de toda a Itália, no último fim de semana, para dar vida à iniciativa solidária “Uma refeição por dia”, que visa sensibilizar as pessoas para questões como a pobreza e a marginalização. Para a ocasião, foi distribuído o calendário 2024-2025, dedicado ao padre Oreste Benzi, sacerdote fundador da Associação, em 1968, que dedicou toda a sua vida aos últimos. Assim, a Comunidade celebra esta data no ano do centenário de seu nascimento, em 7 de setembro de 1925.
Calendário
A Comunidade João XXIII informa, com um comunicado: “O Calendário, dedicado à memória do padre Benzi, não quer ser apenas uma forma de compassar o tempo, mas também um convite a transformar o mundo, todos os dias. Cada mês será dedicado a um tema crucial, como a luta contra a pobreza, acolhimento aos mais fracos, importância da educação”.
A história de “Uma refeição por dia”
Em 1985, ao regressar da sua primeira missão na África, padre Oreste Benzi percebeu que 10 mil liras por mês (atuais 25 reais aproximadamente) eram suficientes para matar a fome de uma pessoa. Assim, nasceu o projeto “Uma refeição por dia”. Hoje, este projeto tornou-se um objetivo concreto, que garante um prato de comida e há muitas pessoas solitárias ou que vivem em condições de extrema pobreza, em várias partes do mundo. De fato, a Comunidade João XXIII consegue oferecer, todos os anos, 7 milhões e meio de refeições às pessoas, que acolhe em seus 372 centros de acolhimento em toda a Itália e no mundo. Só na Itália, a Comunidade, com as suas múltiplas filiais, acolhe 2.399 pessoas em suas comunidades, onde encontram não apenas um prato de comida, mas também hospitalidade e apoio para reconstruir seu futuro.
Emergência Quênia
A iniciativa do Calendário, que foi distribuído nas praças italianas, serve para financiar projetos em todo o mundo; este ano, em particular, visa resolver a emergência hídrica, que afeta o noroeste do Quênia, e levar água potável às populações do Lago Turkana, um imenso lago de água salgada. Segundo as Nações Unidas, neste período histórico, o povo queniano está vivendo a pior seca dos últimos 40 anos. Não há mais água porque a do Lago Turkana não é potável e tampouco utilizável para a agricultura. As pessoas caminham muitos quilômetros para pegar água em poças dos leitos secos dos rios, arriscando a sua saúde por causa da contaminação.
A Comunidade João XXIII, em colaboração com organismos locais, iniciou alguns projetos de escavar um poço na aldeia de Altuwo, outro para dessalinizar a água na aldeia de Moite e outro ainda para restabelecer as instalações de água, existentes na aldeia de Gatab, a fim de oferecer água potável também às escolas.
Simone Ceciliani, membro da Fundação Papa João XXIII e coordenador dos projetos no Quênia, explicou à Rádio Vaticano – Vatican News que no norte do país africano, o trabalho começou a ser realizado, a partir de um mapeamento das necessidades da população local, onde as questões mais urgentes eram referentes ao abastecimento de água, pois a já existente está extremamente contaminada; a segurança alimentar, em particular, a alimentação das crianças e estudantes e a falta de postos de saúde.
Poços e cantinas
Simone Ceciliani afirma ainda: “Estamos presentes no Quênia desde 1998, mas, em 2023, decidimos intervir na zona do Lago Turkana, que passa por três anos de seca. Naquela área, foram lançados dois projetos: o primeiro é o da assistência alimentar nas escolas, da qual são beneficiadas 800 crianças, cujo objetivo é levar os jovens a frequentar as escolas; os resultados foram imediatos, em termos de matrículas e frequência escolar; o segundo projeto refere-se a poços e dessalinização nas aldeias, que garantem o acesso à água potável”.
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