Foram nesta terça-feira, 8, a enterrar os restos mortais do Cardeal do Nascimento
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
Um misto de triste, alegria, oração, fé e esperança na ressurreição marcaram as exéquias de Dom Alexandre Cardeal do Nascimento, que foi sepultado nesta terça feira 8, na cripta da Catedral de Luanda.
Altas figuras do aparelho do estado representado ao mais alto nível pelo Presidente da República João Lourenço, entidades religiosas, diplomáticas, políticas, a sociedade civil e fiéis em geral deram o último adeus ao primeiro Cardeal angolano, e até 28 de setembro, dia da sua morte, o Cardeal mais velho do mundo.
Durante as exéquias foram celebradas 10 missas de corpo presente, e a urna contendo os restos mortais do Cardeal foi igualmente transportada por 10 jovens sacerdotes, num claro simbolismo dos 10 Mandamentos da Lei de Deus que o Cardeal Angolano procurou viver durante a sua peregrinação na terra.
Durante a missa de corpo presente, no último adeus ao Cardeal, várias foram as intervenções que convergiram em aspectos ligados à fé a caridade, a promoção da paz e da reconciliação nacional.
Dom José Manuel Imbamba, Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), disse que a morte do Cardeal deixa sinais fortes de alegria por tudo quanto representou na Igreja e na sociedade angolana.
Na celebração esteve igualmente o novo Núncio Apostólico em Angola e São Tomé que já reside desde a semana finda, em Luanda. Coube a Dom Kryspin Dubiel a leitura da mensagem de pesar do Papa Francisco que destacou as qualidades do Cardeal angolano, homem da caridade da paz e promotor da reconciliação entre os angolanos.
E o presidente da República João Lourenço acompanhado da sua esposa Ana dias Lourenço e membros do seu executivo, no final da celebração depositou uma cora de flores junto à urna do Cardeal do Nascimento, e ao assinar o livro de condolências voltou a elogiar as virtudes do Cardeal à semelhança do que fizera já na mensagem endereçada a família e a igreja angolana no dia da morte do eminente homem de Deus.
Durante as exéquias foram igualmente lidas as mensagens do Patriarca de Lisboa e do Dicastério para a evangelização dos povos.
O embaixador de Portugal em Angola recordou o Cardeal Alexandre do Nascimento como um verdadeiro nacionalista que muito contribuiu para a emancipação do seu povo, tendo lhe custado o exílio em Lisboa, onde fez grande amizades a destacar, o actual Presidente da República portuguesa Marcelo Rebelo de Sousa.
Os fiéis que aparecem em grande número para o último adeus regozijaram-se com os préstimos do Cardeal, tendo-o considerado como um cidadão que se sacrificou por Angola e temente a Deus.
Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, o Arcebispo de Luanda, agradeceu o envolvimento de todos durante as exéquias, e garantiu que a Igreja de Luanda vai manter vivo o legado deixado pelo arcebispo emérito de Luanda Dom Alexandre Cardeal do Nascimento.
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