Cardeal Battaglia: “Senhor da história, ensinai-nos a viver o tempo como um dom"
Vatican News
Ao “Senhor Ressuscitado, Alfa e Ômega da nossa peregrinação”, “luz que ilumina os passos” e “realização de todo desejo que move o caminho”, “confiamos o nosso tempo, o nosso coração, os acontecimentos da nossa vida”.
Essas são as palavras elevadas ao Senhor pelo cardeal Domenico Battaglia, arcebispo de Nápoles, sul da Itália, durante a celebração de Ação de Graças, o Te Deum na catedral em 31 de dezembro.
O “peso de nossas falhas”
“Obrigado pelos dias que nos concedestes, pelos sonhos que acendestes em nós, por cada broto de bem que cresceu, mesmo nas fendas de um mundo dilacerado. Obrigado por nos sustentar na dor e por nos fazer experimentar que, além de cada noite, vossa manhã nunca falha”, continuou o purpurado, que também falou sobre o “peso de nossas falhas”:
”Muitas vezes ficamos parados enquanto o grito dos pobres clamava por nós. Deixamos que a injustiça passasse por nós, quando poderíamos ter levantado nossas vozes. Falamos de paz, mas semeamos a indiferença, olhando para o outro lado, cultivando nossos próprios pequenos espaços em vez de nos deixarmos atrair para o jardim do mundo”.
Fazei de nós artesãos de esperança
“Perdoai nossa lentidão, abri diante de nós a porta santa de vossa ternura, mas, pedimos, não nos deixeis tranquilos: perturbai nossas noites, despertai nossa coragem, soprai as velas de nosso compromisso!”
Em seguida, a súplica: “Senhor do tempo e da história, um novo tempo está se abrindo diante de nós: ajudai-nos a não desperdiçá-lo! Fazei de nós construtores de pontes, artesãos de esperança, instrumentos de vosso sonho de paz. Quebrai em nós o medo da mudança, reacendei em nossa consciência o fogo da justiça, ensinai-nos que a verdadeira liberdade está em nos doarmos, em protegermos os frágeis, em defendermos aqueles que são pisoteados”.
Sede sempre a esperança que nunca nos abandona
E ainda: “Senhor da história, ajudai-nos a viver o tempo do Jubileu como uma ocasião para nos levantarmos, para restituir, para perdoar, para recomeçar, e dai-nos sobretudo a graça de nos convertermos verdadeiramente: não só com palavras, mas com o olhar que encontra, com as mãos que servem, com o coração que se alarga para abraçar o mundo inteiro”.
O cardeal Battaglia concluiu: “Amigo, companheiro, esposo da Igreja e da humanidade, confiamos a vós o novo tempo que nos concedei. Ensinai-nos a vivê-lo como um dom e uma responsabilidade. Fazei de cada dia uma oportunidade de amar mais, de semear vida onde há morte, de deixar a luz brilhar onde reina a escuridão. Sede sempre o Senhor de nossos passos, a força de nossas ações e a esperança que nunca nos abandona!”
(com Sir)
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