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Laudato si', carta encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum Laudato si', carta encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum

Dez anos da Laudato si': dos bispos asiáticos, um apelo à “conversão ecológica"

Os bispos incentivam as Igrejas locais na Ásia a participarem da fase preparatória da COP 30, a realizar-se de 10 a 21 de novembro próximo em Belém do Pará. Pouco antes desse evento - para celebrar o 10º aniversário da “Laudato si” e o Ano Jubilar da Esperança -, eles convidam as Igrejas locais a dar ênfase especial ao “Tempo da Criação”, que vai de 1º de setembro a 4 de outubro de 2025, educando as comunidades na responsabilidade ecológica, promovendo estilos de vida mais simples e sustentáveis

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O décimo aniversário da Carta encíclica do Papa Francisco “Laudato si', sobre o cuidado da nossa casa comum” cai durante o Ano Jubilar da Esperança: daí, um apelo à “conversão ecológica” e um apelo específico para a redução da dívida em escala internacional, diz a Carta Pastoral dirigida às Igrejas locais da Ásia, publicada pela Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC) na conclusão de sua recente assembleia de março de 2025. Existe, de fato, uma “dívida ecológica” que se refere, em termos de obrigação e responsabilidade, ao que os países industrializados, ou aqueles do Norte do mundo, acumularam em relação aos países do Sul global, por explorarem seus recursos naturais e, assim, contribuírem tanto para a degradação ambiental quanto para as deficiências nos serviços sociais cruciais para o desenvolvimento, como educação e saúde.

O documento, assinado pelo cardeal indiano Filipe Neri Ferrao, presidente da FABC, pelo cardeal filipino Pablo Virgilio David, vice-presidente, e pelo cardeal japonês Isao Kikuchi, SVD, secretário-geral da Federação, relembra os principais tormentos da “casa comum”, difundidos nos países da Ásia: desmatamento e perda de biodiversidade; aumento do nível do mar e deslocamento das populações costeiras; segurança hídrica, poluição do ar e consequências para a saúde das populações; eventos climáticos extremos mais fortes e mais frequentes; crises agrícolas e segurança alimentar.

“Sinais de esperança”

O texto também identifica “sinais de esperança”, reconhecendo a ação do Espírito Santo na vida das Igrejas asiáticas em atitudes como: a resiliência das comunidades locais e dos povos indígenas; o florescimento de ministérios e a difusão de cursos de formação sobre questões relacionadas com a Laudato si'; o crescente envolvimento ativo dos jovens; a colaboração entre as comunidades religiosas e com as realidades da sociedade civil na defesa compartilhada da casa comum; a inclusão da custódia da criação na missão da Igreja e o compromisso das comunidades no Ano Jubilar, com o cuidado da criação entre os temas principais.

Na Carta Pastoral, que os bispos asiáticos promulgam antes da importante COP 30, a Conferência da Onu sobre Mudanças Climáticas a ser realizada em novembro próximo em Belém, no Brasil, eles estabelecem medidas concretas para enfrentar a crise ecológica:  apoiar compromissos climáticos mais fortes para sanar a disparidade entre as metas climáticas nacionais e a meta global de 1,5 graus Celsius; pedir mais financiamento dos governos para adaptar as populações às mudanças climáticas; fazer pressões por uma legislação nacional e internacional para proteger a “casa comum”; e promover, durante o Ano do Jubileu, uma campanha para o redução da dívida, considerando a extensão da “dívida ecológica” existente, reconhecida por estudiosos, a fim de promover a “justiça econômica” e mudar estruturas injustas que limitam o desenvolvimento sustentável no Sul do mundo.

Preparar-se para a COP 30, em novembro próximo no Brasil

A declaração da FABC incentiva as Igrejas locais na Ásia a participarem da fase preparatória da COP 30, a ser realizada de 10 a 21 de novembro próximo em Belém do Pará. Pouco antes desse evento - para celebrar o 10º aniversário da “Laudato si” e o Ano Jubilar da Esperança - a FABC convida as Igrejas locais a dar ênfase especial ao “Tempo da Criação”, que vai de 1º de setembro a 4 de outubro de 2025, educando as comunidades na responsabilidade ecológica, promovendo estilos de vida mais simples e sustentáveis e cultivando uma espiritualidade que aprofunde o relacionamento do homem com Deus, com o próximo e com a Criação.

“Que esta Quaresma seja uma oportunidade para examinarmos nossas consciências e admitirmos humildemente nossos pecados contra a criação de Deus. Que seja uma oportunidade para respondermos ao chamado de Deus à conversão ecológica”, conclui a Carta.  O cuidado com a casa comum, recorda-se, requer “simples gestos cotidianos nos quais rompemos com a lógica da violência, da exploração e do egoísmo” e “se manifesta em toda ação que busca construir um mundo melhor”.

(com Fides)

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