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Famílias inteiras foram obrigadas a abanonar suas casas, fugindo da violência Famílias inteiras foram obrigadas a abanonar suas casas, fugindo da violência 

República Centro Africana: 30 mil em fuga pela violência em Paoua

A organização Médicos Sem Fronteiras relata que mais de 30 mil pessoas foram obrigadas a abanonar suas casas e buscar refúgio em Paoua, fugindo da violência de grupos armados

Cidade do Vaticano

Novos confrontos armados entre o Movimento Nacional para a Libertação da República Centro Africana (Mnlc) e a Revolução e Justiça (RJ) tiveram início em 27 de dezembro, obrigando mais de 30 mil pessoas a abandonarem a região.

Os deslocados buscaram refúgio na cidade de Paoua,  onde relataram a membros do “Médicos Sem Fronteiras” (Msf) o horror de que foram testemunhas: povoados incendiados, extorsões e ataques indiscriminados. A situação ainda é tensa na região.

Centros de saúde fechados

 

No hospital de Paoua, a equipe Msf assumiu os cuidados de somente 13 feridos.

“Um número muito baixo se considerarmos o número total dos deslocados e a extrema violência descrita às nossas equipes”,  explica Gwenola François, chefe-missão do Msf na República Centro Africana.

“Nos contaram que homens à cavalo disparavam contra tudo o que se movia, de pessoas mortas ou feridas abandonadas nos bosques. Estamos muito preocupados”, afirma Gewnola.

Entre os feridos que chegaram aos hospital, está Léonard Gangbe, 33 anos, agricultor. Ele fugiu de seu vilarejo no dia em que explodiram os combates, buscando refúgio em uma casa na floresta.

Ele traz no seu rosto os sinais da violência sofrida. Enquanto tentava evitar que levassem sua criação embora, homens armados dispararam contra ele, provocando ferimentos no nariz e no lábio superior.

Devido aos combates, a equipe dos Médios Sem Fronteiras foi obrigada a suspender as atividades em 7 centros de saúde periféricos da cidade de Paoua, onde prestavam assistência.

(Com informações de Médicos Sem Fronteiras) 

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10 janeiro 2018, 15:34