Alfie pode voltar para casa, mas não na Itália
Cidade do Vaticano
O juiz da Alta Corte britânica Anthony Hayden, solicitou aos médicos do Hospital Aldey Hey para que avaliassem se Alfie pode voltar para casa, mas excluiu a possibilidade de ser levado a Roma. No final da nova audiência para avaliar o caso da criança de 23 meses, definido em “estado vegetativo”, que sofre de uma rara doença neurológica degenerativa, não diagnosticada, o juiz criticou as pessoas que estão próximas aos pais e que alimentam “falsas esperanças”. Os médicos do Hospital de Liverpool, pedem ao menos 3-5 dias para decidir, e que por enquanto a transferência para casa é “impossível pelas hostilidades” dos manifestantes pró-Alfie do lado de fora do hospital. Sinceramente “temos medo”, disse um médico.
Respirou sem os aparelhos
De qualquer modo, já está tudo pronto para uma eventual transferência com médicos e aeronave preparada para ir à Itália. Na manhã de segunda-feira (24/04) foi dada a notícia de que o menino conseguiu respirar por 9 horas sem os aparelhos. Depois foi ligado novamente à ventilação artifical e hidratado. O pai de Alfie declarou à imprensa: “Alfie respira sem ajuda de aparelhos há mais de nove horas, por este motivo insisti para que os médicos voltassem a reidratá-lo senão correria o risco de uma morte por fome e sede”. Palavras fortes de um jovem pai – têm 21 anos – que defende seu filho e continua sem cessar a batalha pela vida de Alfie.
A cidadania italiana e a solidariedade das pessoas
O Ministério das Relações Exteriores da Itália conferiu ao bebê cidadania italiana, a fim de que ele pudesse ser "transferido imediatamente para o país". Mas o juiz Hayden desconsiderou esse último recurso, dizendo que Alfie "é um cidadão britânico" e que "portanto, está sob a jurisdição da Alta Corte".
Ao longo de todo o caso, a família recebeu o apoio do Exército de Alfie, uma campanha promovida por meio de redes sociais e que reuniu com frequência manifestantes do lado de fora do hospital. Mas depois que funcionários disseram estar sendo alvo de "agressões verbais", a polícia passou a investigar se os protestos podiam ser interpretados como atos de intimidação.
Na tarde da segunda-feira (24/04), o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, expressou em um vídeo seu apoio a Alfie e aos seus “extraordinários pais”: “A força do amor – sublinhou – está derrotando o cinismo de quem desligou os aparelhos”.
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