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Saudações para o sucesso da cúpula intercoreana Saudações para o sucesso da cúpula intercoreana 

Cúpula intercoreana: medo, esperança e o sonho da união

A agenda do encontro prevê a desnuclearização da região que seria um passo decisivo em favor de uma “paz duradoura” e da melhoria das relações entre as duas Coreias.

Cidade do Vaticano

Realiza-se nesta sexta-feira (27/04), no povoado de Panmunjom, no confim entre as duas coreias, a cúpula intercoreana entre os líderes dos dois países, Kim Jong-un e Moon Jae-in.

Este é um encontro histórico entre os dois líderes, o terceiro na história e o primeiro desde que Kim Jong-un assumiu o controle da Coreia do Norte, em 2011.

A agenda do encontro prevê a desnuclearização da região que seria um passo decisivo em favor de uma “paz duradoura” e da melhoria das relações entre as duas Coreias.

Otimismo entre os coreanos

No passado, houve encontros desse tipo, depois da Guerra da Coreia de 1950-1953, mas, conforme sublinha ao Vatican News o Pe. Vincenzo Bordo, missionário Oblato de Maria Imaculada, há quase 30 anos, em Seul, “as cúpulas precedentes se concluíram sempre dando em nada. Portanto, existe um otimismo velado”.

Reaproximação entre as duas Coreias

Além disso, nos últimos anos foram alçados pontos de extrema crise, tanto que “entre o povo da Coreia do Sul havia muito medo e tensão, mesmo que não se falasse muito por causa do terror” que a crise pudesse degenerar.

Nos últimos meses, alguns fatores levaram os líderes a uma reaproximação e a Kim Jong-un a repensar as suas políticas internacionais.

Segundo Pe. Bordo, a Coreia do Norte “em sua lógica de armamento, alcançou o objetivo de testar mísseis balísticos e nucleares. No momento em que o fez abriu-se ao diálogo”.

Outro elemento importante foi o das sanções internacionais, em particular “as sanções da China, da qual a Coreia do Norte depende quase 90%”.

Além disso, explica Pe. Bordo, o líder norte-coreano “prometeu ao seu povo o desenvolvimento econômico, mas não é possível haver desenvolvimento com sanções em andamento”.

Um papel fundamental foi desempenhado pelo presidente sul-coreano Moon que “prometeu um diálogo maior e abriu uma porta ao Norte com as Olimpíadas”.

Desnuclearização

Enfim, entre as razões de uma possível mudança de rumo de Kim Jong-un, está o pressuposto colapso recente de algumas estruturas para testes nucleares.

Como Pe. Bordo também recorda, “segundo o estudo de alguns cientistas chineses”, o sítio subterrâneo de Punggye-ri, localizado abaixo da montanha Mantap, caiu parcialmente e, portanto, não é utilizável. “Um fator que pode ter feito o líder norte-coreano mudar de ideia”.

Apelo do Papa

Nesta quarta-feira (25/04), durante a Audiência Geral, o Papa Francisco fez um apelo em vista da cúpula intercoreana: “A todos que têm responsabilidades políticas diretas, peço que tenham a coragem da esperança, fazendo-se ‘artífices’ da paz, enquanto os exorto a prosseguir com confiança o caminho empreendido pelo bem de todos.”

 

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26 abril 2018, 17:11