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Conflito deixou 17 palestinos mortos Conflito deixou 17 palestinos mortos 

Pe. Mario da Silva: tristeza, incerteza e pobreza em Gaza

Pároco da Paróquia Sagrada Família, em Gaza, preocupado com a possibilidade de outros ataques, pede orações e agradece palavras do Papa. "Diálogo é a única solução", afirma. Ouça a entrevista.

Giada Aquilino - Gaza

O balanço do confronto entre manifestantes e o exército israelense, na última sexta-feira (30/03), subiu para 17 mortos, anunciou o ministério da Saúde do território palestino.
Mais de 1,1 mil palestinos ficaram feridos durante o protesto que reuniu dezenas de milhares de palestinos na última sexta-feira, o dia mais violento desde a guerra iniciada por Israel na Faixa de Gaza em 2014.

40 mil em protesto contra ocupação

O Exército israelense afirmou que o confronto começou quando palestinos se aproximaram da cerca na fronteira de Israel. O Ministério de Saúde de Gaza, por sua vez, culpou soldados israelenses por atirar em dois agricultores palestinos de Khan Yunis, matando um deles.

O confronto ocorreu no primeiro dia de seis semanas de protestos da chamada "Marcha do Retorno", manifestação contrária à ocupação israelense. Organizada oficialmente pela sociedade civil, a manifestação é apoiada pelo Hamas, o movimento islâmico palestino que governa a Faixa de Gaza.

Jovem desarmado alvejado por tiros

O Exército israelense disparou bombas de gás lacrimogêneo na tentativa de dispersar a multidão. Em resposta, vários jovens palestinos atiraram pedras contra soldados israelenses. Após o confronto, o exército de Israel ainda atacou três posições do Hamas, com tanques e aviões. Israel nega ter usado ilegalmente força letal contra manifestantes desarmados, mas um vídeo divulgado na internet mostra os últimos momentos de vida de um jovem palestino de 18 anos, baleado durante os protestos.

Vatican News ouviu o testemunho do Padre Mario Da Silva, pároco da comunidade latina da Sagrada Família, em Gaza.

“Aos sentimentos de alegria pela Páscoa, contrapõem-se tristeza, incertezas, pobreza e falta de liberdade”, afirma o padre, já preocupado por eventuais novas violências, com mortos e feridos, na próxima sexta-feira.

Ouça a entrevista

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Conflitos na fronteira deixaram mais de mil feridos
03 abril 2018, 13:10