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O WFP atua em mais de 80 países do mundo contra a fome O WFP atua em mais de 80 países do mundo contra a fome 

Prevenir e investir para evitar a fome no mundo

Um novo relatório da agência do Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP), examina as crises alimentares, suas causas, o que determina sua amplitude e como elas podem ser evitadas.

Roma

A fome crônica está aumentando no mundo e as crises alimentares estão se expandindo e se intensificando. Um novo relatório da agência do Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP), ‘World Food Assistance: Prevenindo Crises Alimentares’, examina essas crises, suas causas, o que determina sua amplitude e como elas podem ser evitadas.

Entre os pontos mais importantes apresentados no relatório está a enorme quantidade de verbas necessárias para custos da assistência humanitária que poderiam ser economizadas com ações preventivas. Colocar fim do conflito - uma das principais causas da fome - poderia reduzir os custos da assistência alimentar em até 50% ao ano.

Em termos práticos, isso significaria que, por exemplo, na Síria, o WFP pouparia US$ 300 milhões por ano, no Iêmen seria US$ 205 milhões e na Somália US$ 85 milhões.

"É essencial acabar com os conflitos", disse Steven Omamo, chefe de Sistemas de Alimentos do WFP, que elaborou o relatório. "No entanto, para prevenir crises alimentares, há também a necessidade de investimentos de longo prazo em educação e infraestrutura, bem como crescimento econômico".

“O aumento da renda per capita ajuda os países a limitar a extensão das crises alimentares, enquanto que mesmo os países de baixa renda podem evitar crises com esses investimentos”

Se o mundo encontrasse uma solução para todas as causas de crises alimentares - não apenas conflitos, mas choques climáticos, fome e desnutrição crônicas, sistemas alimentares com problemas e estruturas políticas, sociais e econômicas imperfeitas – as despesas anuais do WFP com assistência alimentar se reduziriam em mais de 5 bilhões de dólares. Em outros países, praticamente não haveria necessidade de assistência alimentar e os recursos economizados poderiam ser usados para iniciativas de desenvolvimento de longo prazo para melhorar a vida dos mais vulneráveis.
 

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14 maio 2018, 18:23