Trump assina decreto para reunir famílias de imigrantes
Cidade do Vaticano
Sob pressão após receber duras críticas de todo o mundo e inclusive da ONU, o presidente Donald Trump voltou atrás na medida que separa milhares de crianças de seus pais que passam ilegalmente a fronteira Estados Unidos-México. Desde o anúncio no início de maio, de uma “tolerância zero” do governo dos EUA sobre a imigração clandestina, mais de 2.300 crianças e jovens imigrantes foram separadas de suas famílias e colocados em estruturas de acolhida enquanto que os pais – que na sua grande maioria querem fugir da violência e da instabilidade que afligem a América Central – eram presos na fronteira.
O tema da compaixão
O chefe da Casa Branca, no mesmo dia do anúncio da saída dos Estados Unidos do Conselho para os Direitos Humanos das Nações Unidas, assinou um decreto executivo para manter as famílias unidas, mas sem dar detalhes específicos sobre a destinação dos imigrantes, este ponto já deu origem a inúmeras críticas sobre a incerteza do destino dos menores. “Queremos segurança para o nosso país, mas ao mesmo tempo temos compaixão, e queremos que as famílias fiquem unidas”, disse Trump assinando o documento.
Melania visita centro de detenção
Todavia na quinta-feira (21/06) o Presidente disse que já está instruindo agências federais para começarem a reunir pais e filhos separados na fronteira. O anúncio de Trump ocorreu no momento em que sua esposa, Melania Trump, procurava apaziguar os ânimos visitando um centro de detenção na fronteira do Texas onde crianças estão sendo detidas.
Agora espera-se um voto do Congresso sobre o projeto de lei que, além de impedir a divisão das famílias, quer o financiamento da construção do muro que separa México e Estados Unidos e a criação de um percurso para dar a cidadania a cerca de 1,8 milhões de “dreamers”, os filhos dos imigrantes clandestinos chegados ao país quando eram menores. Os democratas são contra o muro, enquanto que a bancada mais radical é contra os “dreamers”.
A posição dos bispos
O arcebispo de Los Angeles, Dom José Gomez,escreveu no seu Twiter para que seja acolhido “com favor o decreto executivo do presidente que acaba com a cruel política de separação familiar”, invocando a aprovação de uma lei que encaminhe um percurso de cidadania. Pouco antes da assinatura do decreto por parte de Trump, o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), dirigia uma carta diretamente ao presidente Trump denunciando o “tratamento inumano” recebido pelos menores, tratados “como se fossem animais”.
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