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Julho de 2008, no Vaticano com o Papa Bento XVI Julho de 2008, no Vaticano com o Papa Bento XVI  

Jacir, o 'tuxaua' de Roraima que foi recebido por dois Papas

Jacir José de Souza percorreu o Brasil e levou para fora do país a reivindicação dos povos indígenas contra a violência e a discriminação. Sempre apoiado pelos Missionários da Consolata, esteve também com o Papa João Paulo II .

Cristiane Murray - Cidade do Vaticano 

Jacir José de Souza é o ‘tuxaua’ da Aldeia Maturuca, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima. O tuxaua é a liderança indígena, o articulador, negociador, é o indivíduo de maior influência em sua comunidade. Em 1977, com a ajuda dos padres Missionários da Consolata, presentes no estado desde 1948, começou a luta em favor da demarcação daquele território.

Naquela época, o garimpo devastava não somente a terra, mas contaminava principalmente a vida dos índios.

“Alcoolismo, prostituição e dependência do comércio dos não-índios e dos fazendeiros invadiram seus costumes”

Nesta realidade, os missionários abriram escolas e os índios começaram a ler e escrever, a entender também a Palavra de Deus. Os padres, morando com eles, aprenderam a língua macuxi.

Apoiado, Jacir percorreu o Brasil em busca de apoio de autoridades e entidades, levou para fora do país a reivindicação dos povos indígenas contra a violência e a discriminação. Esteve com o Papa Bento XVI e também com o então Papa João Paulo II até 2005, quando a Terra foi demarcada e homologada por decreto da Presidência da República.

Agradecido pela trajetória percorrida com os Missionários da Consolata (CMI), Jacir conversou com o Padre Ngari, afirmando esperar que esta presença perdure no estado de Roraima.

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14 junho 2018, 09:00