Sucumbíos: petróleo e ouro vão, contaminação e poluição ficam
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Aos pés das montanhas orientais dos Andes, se localiza a província de Sucumbíos, uma das mais economicamente importantes do Equador. Em meio à extração desenfreada de petróleo, às chaminés e à fumaça tóxica da combustão, despontam as naturais nascentes de água da floresta. A maioria dos rios da província nascem ali, como o Aguarico.
O Vicariato Apostólico de San Miguel de Sucumbíos, com seus quase 180 mil habitantes, convive com a extração do petróleo há tempos. Enquanto muitos colonos e agricultores ganham a sobrevivência nas plantações, constituindo a maioria pobre da população, o lucro das companhias petrolíferas vai para fora e o pouco que fica se resume em poluição e contaminação dos rios e do ar.
Vatican News contatou o bispo do Vicariato, o brasileiro Dom Celmo Lazzari, gaúcho de Garibaldi, da Congregação dos Josefinos de Murialdo, que em 2010 foi enviado ao Equador como bispo de Napo, tendo assumido três anos depois a condução de Sucumbíos.
A contaminação dos rios e a poluição do ar
“A novidade são as empresas de mineração, que utilizam elementos químicos como o arsênico e o mercúrio, que servem para selecionar mais rapidamente o ouro. O arsênico entra nas águas de que os povoados se servem (muitas comunidades indígenas Quichua e Shuar) para beber, tomar banho e se banhar”.
“O arsênico e o mercúrio vão pelo Rio Amazonas e chegam ao mar. Os peixes os acumulam e ao consumi-los, nós somos contaminados”.
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