Papa Francisco “é um aliado da FAO”
Domingos Pinto - Lisboa
“É possível um mundo fome zero em 2030.Tudo, obviamente depende, da conjugação de esforços para que isso aconteça”.
É o alerta do Chefe da FAO em Portugal e junto da CPLP em entrevista ao portal da Santa Sé à margem da comemoração do Dia Mundial da Alimentação, no passado dia 16 de outubro, na Sala do Senado, na Assembleia de República.
No caso português, aquele responsável destaca a questão da discussão quanto à necessidade ou não de “uma lei de bases do direito humano à alimentação adequada em Portugal como instrumento que promova a coordenação e o alinhamento das políticas atualmente existentes”.
“Há também fome em Portugal. Ela é, por vezes, naturalmente invisível, porque ela afeta grupos mais vulneráveis, por vezes em situação de isolamento”, precisa Francisco Sarmento que aponta outra grande preocupação relacionada com “a má nutrição e com os impactos que isso tem sobre a saúde”.
“Portugal está na trajetória de epidemias relativamente ao sobrepeso e relativamente à obesidade”, uma realidade que também é visível nos PALOPS, diz aquele responsável.
“Nalguns países a situação de fome é uma preocupação ainda, mas crescentemente e assustadoramente o fenómeno do sobrepeso e da obesidade começam a suplantar em todos os países aquilo que era a ameaça da subnutrição”, reafirma Francisco Sarmento.
Nesta entrevista à VATICAN NEWS o Representante da FAO em Portugal diz ainda que o Papa Francisco “é um aliado, claramente do mandato e do trabalho que a FAO deve fazer, a FAO em particular, mas também das Nações Unidas em geral”.
“O Papa tem trazido um conjunto de preocupações da Comunidade como um todo, não só para a igreja, como tem sido portador destas preocupações junto de outros órgãos, em particular junto dos órgãos das Nações Unidas”.
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