Comunidade de Taizé: um caminho de verdade e de escuta
Massimiliaano Menichetti - Cidade do Vaticano
Proteger, ouvir, não esconder. São os três pilares da carta escrita pelo Irmão Alois, prior de Taizé, denunciando cinco casos de violência sexual contra menores praticados entre 1950 e 1980 por três diferentes irmãos, dois dos quais falecidos há mais de quinze anos.
Vergonha e tristeza profunda
Em pouco mais de uma página, o Irmão Alois fala de “vergonha e tristeza profunda” ao escutar o que as vítimas experimentaram e sofreram. As denúncias foram ouvidas em absoluto respeito, para acompanhar o melhor possível aqueles que sofreram o drama deste sofrimento. E enfatiza que a lei francesa exige a notificação de todos os casos, independentemente de quando os atos foram cometidos.
Uma obra de verdade
Em tempos em que a sociedade e a Igreja tentam esclarecer os abusos e as agressões sexuais, especialmente contra crianças e pessoas vulneráveis, Alois explica que este relatório faz parte de uma obra de verdade já iniciada com a escuta das vítimas, a quem continua a dirigir o seu pensamento e a sua proximidade.
[ Photo Embed: Irmão Alois é prior da Comunidade desde 2005]
Outras possíveis vítimas
“É possível que este nosso discurso - acrescenta - leve outras possíveis vítimas a se revelarem: nós as ouviremos e as acompanharemos nos passos que quiserem dar”. Alois destaca a responsabilidade e o compromisso da comunidade com a segurança e a integridade de todos, destacando a tempestividade em denunciar quaisquer violações de integridade, tanto às autoridades judiciais competentes como eclesiásticas. Outras medidas já tomadas a este respeito incluem uma página do site dedicada à proteção das pessoas e um endereço e-mail (protection@taize.fr) para facilitar assinalações.
Confiança, segurança e verdade
“Falo hoje - conclui - porque o devemos às vítimas, aos seus entes queridos e àqueles que procuram em Taizé um espaço de confiança, segurança e verdade”.
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