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Brasileiro ferido em explosão de vulcão na Itália, que matou excursionista italiano

Duas explosões do vulcão Stromboli, na Itália, causaram pânico entre os moradores e turistas na tarde de quarta-feira. Um excursionista italiano morreu e seu amigo brasileiro ficou ferido, sem gravidade.

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Foi identificada a vítima fatal das explosões do vulcão Stromboli, nas Ilhas Eólicas, na tarde de quarta-feira, 3. Trata-se do excursionista Massimo Imbesi, de Milazzo, Província de Messina. Ele estava acompanhado de um amigo brasileiro, que ficou ferido sem gravidade.

Eles percorriam uma trilha para chegar a “Punta dei Corvi”, proximidade de Ginostra, quando ocorreram as explosões. Outros dois excursionistas ficaram feridos pelas pedras lançadas com a explosão do vulcão, segundo o Comandante dos Bombeiros de Messina, Giuseppe Biffarella.

A área onde estavam não dispõe de sinal de celular e as comunicações por rádio são difíceis. Eles foram alcançados com o auxílio de guias treinados e resgatados de helicóptero.

Fenômeno raro

 

Centenas de turistas e residentes foram tomados pelo pânico com as duas explosões às 16h46. “Foram as explosões mais fortes já registradas desde que o vulcão passou a ser monitorado em 1985”, afirmou o diretor do Observatório Etneo do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (Ingv), Eugenio Privitera.

Atividades similares haviam sido registradas em 2003 e 2007, mas “são fenômenos bastante raros, porque o Stromboli é caracterizado por uma atividade contínua, mas de baixa energia”.

"Parecia estar no inferno", diz pároco

 

“Parecia estar no inferno, pela chuva de fogo que caía do céu”, contou à agência SIR padre Giovanni Longo, pároco das Igrejas de Stromboli e Ginostra, ao falar da erupção cuja coluna de fumaça alcançou 2 km de altura e espalhou cinzas, provocando incêndios na vegetação, principalmente em Ginostra, onde no inverno vivem cerca de 20 habitantes, mas durante o verão o número sobe pela presença dos turistas. As chamas foram combatidas pelos bombeiros com o uso de helicópteros.

“Outra paroquiana – contou o sacerdote – estava em lágrimas, muito assustada. Sei que muita gente está fugindo. Com pressão estão fazendo suas malas e tentando escapar. Há muito medo e pânico em toda a ilha”.

Apesar do pânico provocado pelas explosões, o fenômeno foi considerado como “substancialmente concluído”, disse o diretor do Observatório – mas “não é possível prever se haverá réplicas, pois não existem sinais precursores que anunciam estes eventos”.

Helicópteros foram enviados ao local para monitorar a situação. Por precaução, a Marinha italiana chegou a deslocar duas naves para as proximidades da ilha, em uma eventual evacuação da ilha, o que acabou não sendo necessário.

(Com Agências)

 

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Vulcão Stromboli, sul da Itália
04 julho 2019, 10:57