Afeganistão: bomba em ônibus mata 34 civis, maioria mulheres e crianças
Cidade do Vaticano
Mais uma vez, vítimas civis no Afeganistão. A maioria das vítimas eram mulheres e crianças, e o número de mortos ainda pode aumentar. O atentado ocorreu no distrito de Bala Blok na província de Farah e a bomba tinha sido colocada ao longo da estrada. O porta-voz do governo provincial Farooq Baraksai atribuiu o atentado ao Talibã que por enquanto ainda não reivindicou a autoria.
Ritmo de morte “inaceitável”
“Infelizmente é preciso registrar que este incessante massacre de vítimas civis nesta guerra – afirma à Radio Vaticano Maurizio Dimoncelli, vice-presidente do Instituto de Pesquisas Arquivo e Desarmamento – são um elemento constante, mas muitas vezes ignorado. Civis vítimas de minas antipessoais ou de bombas improvisadas ou que são mortos nos bombardeios, ataques com drones e tiroteios”. Infelizmente os civis são a maioria das vítimas deste conflito.
Na véspera, um relatório das Nações Unidas advertia que os civis continuam sendo mortos e feridos a um ritmo “inaceitável” no Afeganistão, apesar das negociações em curso para acabar com décadas de guerra.
Defensores matam mais que os insurgidos
Também consta no relatório que as forças pró-governamentais afegãs, incluindo as internacionais, mataram mais civis do que os grupos insurgidos afegãos na primeira metade de 2019 (717 contra 531). E um terço das vítimas é criança – 327 mortas e 880 feridas.
Embora o número de vítimas nos primeiros seis meses de 2019 tenha reduzido em 27% em relação ao mesmo período de 2018, 1.366 civis foram mortos e 2.446 ficaram feridos.
“São números dramáticos – comenta Simoncelli – mas significativos do tipo de guerra que está sendo combatida no planeta e no Afeganistão em particular. Guerras de informações regulares e irregulares, que levam a ações perigosas. Portanto guerras que acontecem não em campo aberto mas nas cidades, onde é maior a presença de civis que inevitavelmente são atingidos”.
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