Brasil. O chorinho cada vez mais valorizado
Cidade do Vaticano
A Rádio Vaticano recebeu a visita de Henrique Cazes, solista de cavaquinho, compositor, professor e articulador do Choro. Henrique Cazes é professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e nos fala sobre o seu trabalho pela valorização do Choro através do estudo de seus instrumentos. “O estudo coloca o cavaquinho em outro patamar”, diz o professor, “que inclui a Música Popular como base, mas abre às fronteiras da música contemporânea e de concerto”. O professor fala também do grande interesse dos jovens pelo estudo desta música.
Breve história do Choro
O Rio de Janeiro em meados do século XIX era conhecido como a cidade dos pianos. Dos salões da alta burguesia até as salas de visita da classe média recém surgida, eram tocadas ao piano as polcas, habaneras, schottische, mazurcas e valsas.
Ao adaptar "de ouvido" essas danças européias, os músicos populares, quase sempre negros ou mestiços, acrescentaram o sentimental sotaque português e as surpresas rítmicas da herança africana. Assim nasceu um jeito choroso de tocar que teve em Joaquim Callado sua primeira liderança. Logo em seguida, uma geração de compositores em que se destacaram Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Anacleto de Medeiros, estabeleceu um alto padrão de qualidade e fizeram com que o Choro ganhasse espaço. Com Pixinguinha, na década de 1910, a palavra passou a significar também um gênero musical.
Na chamada Era do Rádio (1932-1964) brilharam solistas como Jacob do Bandolim, Benedito Lacerda, Garoto e Waldir Azevedo, dentre muitos outros, fazendo o Choro se diversificar, absorvendo e reciclando influências. Presente na música brasileira de Villa-Lobos a Tom Jobim, o Choro chegou ao século XXI em pleno vigor e ganhando adeptos pelo mundo. (fonte: https://www.henriquecazes.com.br/ochoro)
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