Trento, Piratini, Roma, Pelotas: um elo com Chiara Lubich
Fábio Régio Bento
Chiara Lubich nasceu em Trento em 1920. Eu nasci em Piratini, sul do Brasil em 1963. O Movimento dos Focolares nasceu da experiência histórico-teológica de Chiara em 1943 e chegou em vários lugares do mundo de navio e avião. Chegou também na cidade de Pelotas, perto de Piratini onde cursei o ensino médio no Colégio Gonzaga. Foi ali que conheci os Gen, abreviação de Geração Nova, os jovens do Movimento dos Focolares.
Alegria serena
Estava com 17 anos, não gostava de assuntos de religião mas fiquei muito tocado com a alegria serena, profunda de uma colega de aula. No diálogo com ela e outros jovens do Movimento dos Focolares fui descobrindo a existência de canais profundos de comunicação com Deus Amor dentro de mim e entre nós, na comunidade.
Na Itália
Apaixonado por esses caminhos do espírito dentro e fora de nós resolvi trocar o curso de Direito pelo de Teologia e, após o término do Bacharelado em Teologia no Brasil vim para Roma fazer Mestrado em Teologia Moral Social na Academia Afonsiana e Ciências Sociais no Angelicum. Foi em Roma que conheci Anna, também ela do Movimento, no conjunto musical dos jovens do Movimento dos Focolares da cidade de Roma. Depois de um ano de namoro nos casamos na Itália. Como minha mãe não poderia vir do Brasil para nosso casamento (depois fizemos uma celebração no Brasil com todos os parentes brasileiros) escrevi a Chiara pedindo pra ela entrar comigo na Igreja. Ela agradeceu e disse que não poderia porque estaria fora, em viagem. No dia do nosso casamento, porém, chegou para mim bem cedinho um telegrama dela nos felicitando e manifestando sua presença amorosa.
Com Chiara, família alargada
Bem, estamos casados há 28 anos. Nasceram duas filhas lindas e vivemos uma vida feliz transformando as dificuldades em trampolim para uma vida melhor, como aprendemos com Chiara.
Penso que o maior presente que recebemos dela foi essa família alargada maravilhosa chamada focolare onde vamos descobrindo o inverno de nossas contradições e o transformando cotidianamente em primavera de libertação.
Trento, Piratini, Pelotas, Roma
Chiara se cruzou comigo e com tantos tecendo histórias de amor-libertação. No centenário do nascimento de Chiara a única palavra que posso dizer é obrigado a essa mulher simples que nem pensava em fundar um movimento internacional, mas que de fato o fundou e trouxe tanta possibilidade de crescimento intelectual, político, espiritual para tantos no mundo todo, também para mim e nossa humilde família ítalo-brasileira.
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