Das 900 crianças mortas na Síria em 2019, mais de 75% viviam no noroeste do país
"A crise no noroeste da Síria está se transformando em uma crise sem precedentes de proteção à infância. A violência da última semana obrigou 6.500 crianças a fugirem a cada dia, elevando o número total de crianças deslocadas na área para mais de 300.000 desde o início de dezembro”, declarou a diretora geral do UNICEF, Henrietta Fore.
O UNICEF estima que 1,2 milhão de crianças estejam passando por extrema necessidade. Escasseiam comida, água e medicamentos. As crianças e as famílias estão se refugiando em estruturas públicas, escolas, mesquitas, edifícios inacabados e lojas. Muitos vivem ao ar livre, mesmo em parques, em meio a fortes chuvas e muito frio. O acesso aos serviços mais básicos, como saúde, água ou saneamento, é muito limitado ou inexistente.
Em Idlib, onde mais de três quartos da população carente é formada por mulheres e crianças, muitas famílias passaram por muitos deslocamentos e estão cada vez mais desesperadas, pela impossibilidade de fugir da violência.
O fornecimento de ajuda para salvar vidas é essencial e deve continuar. No entanto, não acabará com o sofrimento das crianças.
A violência deve cessar, pelo bem das crianças, é o apelo do UNICEF em um comunicado divulgado no domingo, que pede a cessação imediata das hostilidades de todos os lados (em conflito) para permitir às crianças e suas famílias ter uma trégua na violência; a retomada dos serviços essenciais e o acesso sem obstáculos à assistência humanitária que é muito necessária para toda criança carente.
Por meio de parceiros que atuam na região, o UNICEF continua prestando assistência às famílias em dificuldade, incluindo as recém-deslocadas. A assistência inclui kits de higiene, água potável, vacinação de crianças contra doenças, triagem e tratamento da desnutrição.
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