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Igreja São João em Qaraqosh, na Planície de Nínive, tomada pelo Isis em 2014. Igreja São João em Qaraqosh, na Planície de Nínive, tomada pelo Isis em 2014. 

Apoio e possível ressarcimento a cristãos e yazidis refugiados no Curdistão

Em agosto de 2014, diante da avançada da facção Estado Islâmico, mais de 130 mil cristãos viram-se obrigados a fugir da Planície de Nínive. A maior parte deles buscou refúgio no Curdistão iraquiano. O governo local estuda ressarcir cristãos e yazidis, para que possam retornar às suas terras de origem.

Vatican News

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As precárias condições dos refugiados cristãos e yazidis ainda deslocados nos territórios da região autônoma do Curdistão iraquiano esteve ao centro das conversações realizadas no domingo 26 de julho em Erbil, entre a ministra iraquiana dos imigrantes e deslocados internos - a cristã caldeia Evan Faeq Yakoub Jabro - e o presidente da região autônoma do Curdistão, o curdo Nechirvan Idris Barzani.

No encontro - refere um comunicado divulgado pela Presidência do Curdistão – foram examinadas as medidas adotadas para proteger os refugiados da pandemia do coronavírus, juntamente com os projetos iniciados para favorecer o retorno dos refugiados às regiões de origem, a partir de Planície de Nínive.

A esse respeito, a ministra e o presidente da Região do Curdistão, no decorrer dos colóquios, fizeram referência sobre possíveis formas de ressarcimento a serem propostas aos cristãos e yazidis, com o objetivo de incentivar seu retorno às áreas de origem das quais haviam fugido em 2014 em face do avanço das milícias jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).

A ministra Evan Jabro confirmou sua intenção de lutar contra os projetos daqueles que querem tirar proveito dos movimentos migratórios e fugas em massa de cristãos e yazidis registrados durante a ocupação jihadista, para alterar de maneira permanente o equilíbrio demográfico da área e fazer desaparecer o perfil multiétnico e multirreligioso da Planície de Nínive.

A condição dos ex-refugiados cristãos que já retornaram a Mosul e à Província iraquiana de Nínive também este ao centro de uma nova reunião entre a ministra Evan Jabro e o arcebispo caldeu de Mosul, o dominicano Najib Mikhael Moussa.

Na Província de Nínive, a situação permanece incerta e tensa, também porque é caracterizada pela coexistência de forças armadas de diferentes origens, incluindo as milícias xiitas de mobilização popular e os Peshmerga curdos.

A professora Evan Jabro, conforme já relatado pela Agência Fides, tornou-se ministra de migrantes e refugiados no governo do primeiro-ministro iraquiano Mustafa al-Kadhimi em 6 de junho passado. Anteriormente, Evan Jabro havia trabalhado com a ONG Al-Firdaws, fundada por Fatima Al-Bahadly em 2003, e comprometida com o desenvolvimento de projetos sociais e de trabalhos voltados principalmente às mulheres e jovens. Evan Jabro também atuou como consultora do governador de Mosul em questões relativas às minorias.

 (GV - Agência Fides)

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28 julho 2020, 13:59