Cáucaso: apelo pela paz dos líderes das Igrejas em Jerusalém
Vatican News
Patriarcas e líderes das Igrejas em Jerusalém pedem aos líderes europeus, aos presidentes da Rússia e dos Estados Unidos e ao Secretário-Geral das Nações Unidas que intervenham para acabar com as hostilidades e a violência na região de Nagorno-Karabakh fronteira entre o Azerbaijão e a Armênia.
O aumento da violência agrava as divisões
Em uma declaração eles apelam para que todas as pessoas influentes trabalhem por um cessar-fogo imediato e negociem uma paz duradoura. "Mais uma vez, pessoas inocentes são as principais vítimas e muitos homens, mulheres e crianças estão desalojados por causa dos horrores da guerra", escrevem os patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém que expressam suas condolências àqueles que sofreram o luto e invocam a Deus pela cura dos doentes. "O aumento da violência", acrescentam, "só pode agravar as divisões na região de Nagorno-Karabakh entre a Armênia e o Azerbaijão". Por fim, a declaração convida à reflexão sobre as palavras do profeta Isaías (2,4):
A disputa pela região de Nagorno-Karabakh
A tensão no Cáucaso é alta com confrontos entre o exército do Azerbaijão e os armênios que moram na conturbada região de fronteira de Nagorno-Karabakh. Os combates, segundo reporta a mídia local, começaram ao amanhecer do domingo (27/09) causando grande número de vítimas. As duas ex-repúblicas soviéticas travaram uma guerra sangrenta nos anos 90, que custou a vida de 30 mil pessoas. Desde 1994 está em vigor um acordo de cessar-fogo entre os dois países que, porém, nunca alcançaram a paz, apesar da mediação dos Estados Unidos, da França e da Rússia através do chamado Grupo de Minsk.
Aumentam os combates e o temor pela população civil
Segundo a agência de notícias AGI nesta segunda-feira (05) continuam os combates na região de Nagorno-Karabakh com um violento aumento desde a última sexta-feira (02). As acusações provêm de ambas as partes, segundo o governo azero as forças armênias bombardearam Ganja, cidade do Azerbaijão. Enquanto há notícias de mortos e feridos civis tanto em Stepanakert como na histórica cidade de Shusha. O Ministro das Relações Exteriores armênio acusa o Azerbaijão de "visar deliberadamente alvos civis".
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